Em defesa da Fama
(publicada no Jornal "O Popular", seção Cartas dos Leitores, Goiânia, Goiás, 05-04-1990)
Não tenho nenhuma ligação com a Fundação de Assistência ao Menor Aprendiz (Fama), nem com a Loja Maçônica “Liberdade e União” que a instituiu, para falar em seu nome. Mas, como observador dos problemas sociais, sei de sua utilidade, sem fins lucrativos, no acolhimento e tratamento aos menores abandonados, pendentes à delinquência, instruindo-os para a vida, através do trabalho e da escola.
Sobre a denúncia de escravidão de menores feita à fazenda Cabeleira, pertencente à Fama, na reeducação dos mesmos, localizada na adjacência de Riverlândia, município de Rio Verde, o que eu diria é que toda crítica tem o seu lado construtivo, pois onde há discussão, há esclarecimentos.
A Fama é, pelo menos, um exemplo a ser seguido, por outras sociedades, e até pelo Estado. Protegendo esses menores carentes, desamparados e muitas vezes sem lares, das intempéries da desigualdade, evitando que eles se tornem marginais, estaremos investindo em nós mesmos, por um futuro melhor e mais humano.