Segurança

(publicada no jornal "O Popular", seção Cartas dos Leitores, Goiânia, Goiás, 06-03-1990)

A Secretaria de Estado da Segurança Pública agora está no caminho certo, com um delegado de carreira em seu patamar, o que determina a nossa Carta Magna.

O Governo soube escolher, nada menos, que o professor Miguel Batista de Siqueira, como o primeiro delegado a ocupar esta pasta de Secretário de Estado. Um de seus planos era regionalizar o concurso como em outros órgãos, o que viabilizaria a Segurança Pública em todo Estado. Com esta medida o servidor público é obrigado a ficar pelo menos dois anos no interior, na área regional onde se inscreveu como estágio probatório, acabando assim com as transferências inconvenientes e intransigentes – e servidores que não se adaptavam, devido a distância, moradia, alimentação, etc. – e que causavam transtornos administrativos e insegurança a população interiorana.

Agora existe a opção de o servidor trabalhar onde lhe for conveniente. Abriu espaço também para quem já mora no interior e não quer trabalhar na capital. Ganham com isso as cidades do interior, que poderão contar um maior contingente para a sua segurança. E não mais o que vinha ocorrendo com urbes de grande representatividade para o Estado, como Rio Verde, Jatái e Santa Helena, até então, desprovidas de policiais civis.

O concurso está aberto – as inscrições podem ser feitas na Academia de Polícia Civil, e nas Delegacias Regionais. O índice de candidatos vem agradando aos seus organizadores. O que é necessário para uma boa seleção, e para poder lançar à sociedade indivíduos mais bem preparados e qualificados, melhorando assim o nível da Polícia Civil.

Nos dias de hoje, de violência, segurança deve ser prioridade do Estado, com retribuição dos Municípios na aquisição e manutenção de prédios e viaturas. Fora o incentivo para quem trabalha no interior: uma ajuda de custo, devido a um maior custo de vida. E que evitaria o êxodo de policiais para a capital.