Uma viagem
Saindo do meu quarto nessa madrugada, viajei... Ao passar pelo corredor ouço o meu andar. A mente agora, viaja por caminhos distantes, por tantas idas e vindas, tantos atalhos, nesse meu caminhar, cheio de curvas, obstáculos, escombros e tempesatades, noites insones, escuras... encontro-me ainda desvencilhando-me das pedradas do destino que se opunha contra mim, como exército para impedir meus intentos, Morri várias vezes e devagarinho. Cai tantas vezes como uma flor que cai da haste. Por frios corredores eu me arrastei e quantas lágrimas pelo caminho derramei. Guardo ainda na retina as imagens cheias de paisagem e os meus olhos a contemplarem das janelas dos ônibus. Ávores girando, vento bailando, disseminando os meus fragmentos cheios de saudades em cada galho, da estrada. Quando poucas vezes fui de avião, deitava meus pensamentos sobre o infinito tapete de nuvens e a mente logo inventava um lindo conto de fadas. Essa mente que não para de inventar e de fantasiar. Ao chegar à cozinha, num silêncio profundo a alma já viajou o mundo, pensamentos atravessaram fronteiras, espírito sentiu falta de Deus, recobro um pouco a consciência tomo água e volto ao meu quarto. deito-me e por alguns minutos, pouso em mim e me tenho por um instante. Logo me desfragmento inteira pra tantos eus disseminados em mim. Sinto os olhos que me vêem pela lente do silêncio e o zumbir do silêncio que me é ensurdecedor. Penso... Medito... Transponho-me a um remoto e desconhecido mundo, num raio de segundos e constato que em todas as idas e vindas há dores e lágrimas, desde quando nascemos até quando partimos para eternidade. Nascemos aos gritos, e assustados. O certo é que chegamos e partimos aflitos e como se não bastasse nos afligimos tanto pelo caminho. Parece-me que nem queremos chegar e nem queremos partir, nem sabemos ficar, muito menos ir, nem tão pouco sabemos apreciar o que há de mais belo pelo caminho. A natureza em si, já seria o bastante para vivermos felizes. Que após essa vida aqui, possamos encontrar o céu, que tanto sonhávamos aqui, sem mais idas e vindas, sem mais lutas para ficar ou partir, silenciarmos e descasarmos em paz e por sorte
Nos braços de Deus...
Kainha Brito
Saindo do meu quarto nessa madrugada, viajei... Ao passar pelo corredor ouço o meu andar. A mente agora, viaja por caminhos distantes, por tantas idas e vindas, tantos atalhos, nesse meu caminhar, cheio de curvas, obstáculos, escombros e tempesatades, noites insones, escuras... encontro-me ainda desvencilhando-me das pedradas do destino que se opunha contra mim, como exército para impedir meus intentos, Morri várias vezes e devagarinho. Cai tantas vezes como uma flor que cai da haste. Por frios corredores eu me arrastei e quantas lágrimas pelo caminho derramei. Guardo ainda na retina as imagens cheias de paisagem e os meus olhos a contemplarem das janelas dos ônibus. Ávores girando, vento bailando, disseminando os meus fragmentos cheios de saudades em cada galho, da estrada. Quando poucas vezes fui de avião, deitava meus pensamentos sobre o infinito tapete de nuvens e a mente logo inventava um lindo conto de fadas. Essa mente que não para de inventar e de fantasiar. Ao chegar à cozinha, num silêncio profundo a alma já viajou o mundo, pensamentos atravessaram fronteiras, espírito sentiu falta de Deus, recobro um pouco a consciência tomo água e volto ao meu quarto. deito-me e por alguns minutos, pouso em mim e me tenho por um instante. Logo me desfragmento inteira pra tantos eus disseminados em mim. Sinto os olhos que me vêem pela lente do silêncio e o zumbir do silêncio que me é ensurdecedor. Penso... Medito... Transponho-me a um remoto e desconhecido mundo, num raio de segundos e constato que em todas as idas e vindas há dores e lágrimas, desde quando nascemos até quando partimos para eternidade. Nascemos aos gritos, e assustados. O certo é que chegamos e partimos aflitos e como se não bastasse nos afligimos tanto pelo caminho. Parece-me que nem queremos chegar e nem queremos partir, nem sabemos ficar, muito menos ir, nem tão pouco sabemos apreciar o que há de mais belo pelo caminho. A natureza em si, já seria o bastante para vivermos felizes. Que após essa vida aqui, possamos encontrar o céu, que tanto sonhávamos aqui, sem mais idas e vindas, sem mais lutas para ficar ou partir, silenciarmos e descasarmos em paz e por sorte
Nos braços de Deus...
Kainha Brito