Adeus Tupã
Reaparecendo por aqui em luto, há um vazio no ar, nos falta o membro mais barulhento de nossa família. Tupã faz e sempre fará falta em nosso meio.
As lágrimas escorriam pelo rosto, era uma madrugada triste. Deitado quase que inerte ao alcance de nossas mãos aquela criaturinha tão amada, sempre tão presente neste último ano, com seus insistentes miados; com sua fome insaciada, por vezes fora do controle que nos deixava atordoados estava partindo. Era triste, mais do que triste, doía lá no fundo, e nos deixava de sentimentos divididos: se por um lado não queríamos que ele partisse, por outro não suportávamos mais seu sofrimento, ele precisava descansar daquele sofrimento, era desumano, nossa maior prova de amor por ele era deixá-lo partir com nosso carinho, com nosso conforto.
Sabíamos que salva-lo estava fora de nosso alcance, havíamos feito tudo o que estava dentro de nossas possibilidades para salva-lo, mas problemas nos rins em felinos são geralmente fatais, e não foi diferente com nosso Tupã. Silenciosa e fatal a falência renal nos felinos aparece já em momento crítico e quase irreversível, em Tupã levou apenas três dias.
Fica-nos a lembrança de suas estripulias com Marie, a nossa cachorra maluquinha, que bagunça tudo, com tudo e em tudo. De se enroscar no Heros, nosso gato siamês, e seu 'pai adotivo' de quem apreendeu tudo que tinha de saber como gato; e de sua pelagem alvinegra.
Com saudades de todos, adeus Tupa!
TUPÃ
* Julho 2010
+ 25/09/2011