SEMANA DA LITERATURA

O projeto da Secretaria da Cultura de Araçatuba no afã de propiciar a visitação dos nossos escritores nas escolas, é digno dos mais efusivos aplausos.

A exemplo do que ocorreu em anos anteriores, a proposta de levar aos jovens estudantes as experiências vividas pelos literatos que são exemplos dignos a ser seguidos, aliada às valiosas explanações e aconselhamentos, são sementes disseminadas, as quais, certamente brotarão nos corações esperançosos dos alunos que tiveram o privilégio de vivenciar e compreender verdades e curiosidades de fundamental importância para a experiência futura.

O projeto até aqui tem sido um sucesso, o que pode ser facilmente comprovado pelo real interesse demonstrado pelos estudantes por ocasião das palestras.

Tendo participado das duas últimas edições deste projeto, eu tive o grato prazer de presenciar o interesse dos estudantes em tudo o que foi apresentado, e a expectativa teve o fim esperado com brilhantes apresentações numa clara demonstração do incomensurável valor da literatura local, sendo tudo explicitado com simplicidade e dentro da compreensão de cada grau de escolaridade.

Os escritores discorreram e expuseram com clareza e profundo conhecimento de causa, sobre as diversas fases literárias, algumas passagens da vida de grandes escritores de nossa história, a importância do empenho na compreensão da gramática, da correta escrita dos vocábulos e das leituras diversificadas; a necessidade de recorrer ao dicionário em casos de dúvidas, a beleza e o lirismo da poesia e suas diversas formas simétricas, etc.

O projeto deixou patenteada a certeza de que os nossos jovens são aquiescentes aos ensinamentos, que têm sim, o desejo ardente de se tornar cidadãos e cidadãs instruídos, de bons princípios e conscientes da seguinte citação de Castro Alves: “Bendito aquele que semeia livros e faz o povo pensar”. E finalizo apresentando duas singelas recordações: guardo o brilho dos olhos vívidos, inocentes e carregados de esperança dos alunos por ocasião das apresentações e a seguinte máxima extremamente reflexiva da escritora Cecília Ferreira que diz: “A boa escrita não envelhece, transforma-se em escultura de arte eterna”.