A Praça do Pum!

Quando nossos filhos eram pequenos, Barra do Itapemirim (ES) era nosso “caminho da roça”. Seu povo hospitaleiro acolhia, no período de férias escolares, muitas famílias mineiras, paulistas e até cariocas, que ali vinham para usufruir de uma paz singular, naquela cidade praiana.

Levantávamos cedo e já íamos todos para a praia, ali curtindo o sol, o mar, as ondas nem sempre serenas, a areia...

Quando batia o cansaço, era a hora da volta, do banho , do almoço, uma soneca e, à tardinha, era sagrado o momento do sorvete, na praça central da cidade. Enquanto isso, os adultos aproveitavam para uma conversa com algum turista que ali também fazia ponto.

Uma noite, fizemos uma rodinha, para um papinho com umas elegantes senhoras do Rio de Janeiro. As crianças brincavam ali por perto. O assunto estava “rolando”, em alto nível, quando o ar ficou mal-cheiroso. Todos despistaram e a conversa iria continuar sem interrupção, não fosse um dos meninos – o Rodrigo – que chegou perto do pai e disse em “alto e bom som”:

- Ô pai, bem que o senhor avisou que hoje sua barriga não estava boa, heim?

A roda desmanchou-se na hora e os meninos correram para casa. Quando o pai chegou para a grande reprimenda, eles já “dormiam” como uns anjinhos.

***

Agora, nossos filhos se divertem com o ocorrido e quando voltam à Barra do Itapemirim, fazem questão de passear na Praça, que ganhou o apelido de Praça do Pum!

fernanda araujo
Enviado por fernanda araujo em 13/12/2006
Reeditado em 15/12/2006
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