HOMOFOBIA X DIREITO DE SER DESIGUAL

As pessoas nascem livres. No convívio humano, aprendem regras naturais e regras sociais. Às regras naturais não deve haver oposição. Quando há interferência humana na ordem natural das coisas, resulta em abalo aos ecossistemas e compromete a própria existência humana.

No que se refere à ordem social, é a própria sociedade que estabelece, segundo os valores e princípios que ela mesma elege para se conduzir, sendo este processo um evoluir constante, sob a ótica de uma sociedade ideal. Esta é a projeção, que constitui uma eterna busca.

Mas a sociedade é constituída de indivíduos, com pensamentos e interesses muitas vezes divergentes. As diferenças entre os indivíduos, especialmente quanto aos conceitos, pensamentos e ideologias, são normais e decorrentes das relações humanas.

O comportamento das pessoas, no convívio social, deve suportar, minimamente, as convenções sociais, pois delas depende a harmonia e a coexistência. Alguns desses comportamentos podem decorrer de peculiaridades ou particularidades naturais, ou seja, podem ser originárias da sua formação biológica. Nestes casos, especificamente, as próprias regras sociais precisam acolher e engendrar esforços para que haja perfeita inclusão, sem reservas a estas incidências.

s liberdades dos indivíduos, quanto as suas vontades, desejos, preferências, manifestações etc., pertencem à ordem social, e como tal, devem adequar-se aos limites das regras postas erga omnes. Algumas destas liberdades, entretanto, especialmente a liberdade sexual, possuem um caráter de privacidade que não cabe à sociedade pretender disciplinar. Ainda que existissem regras legais restringindo estes comportamentos, não seriam capazes de impedi-las.

A civilização humana registra, historicamente, desde o que dela se conhece, casos de preferência sexual entre pessoas de sexos iguais. Noutros tempos, até repressão houve, porém jamais controlou tais vontades.

Atualmente, dado o avanço das conquistas sócias decorrentes da compreensão humana, a liberdade sexual é um direito consagrado. Mas isto não dá o direito de, em face das liberdades conquistadas, deste ou aquele segmento social, pretender submeter os demais às suas ideologias.

A preferência sexual que nasce tão somente de um gosto pessoal e prolifera por modismo, não pode portar-se de modo a querer influenciar a sociedade. Desta forma, há desrespeito à ordem social, para impor um comportamento que já viola a ordem natural. No Brasil, ressalvado um caso ou outro de intolerância, não existe resistência social às preferências sexuais. Se assim fosse, não existiam tantos indivíduos nesse segmento.

É reprovável, porem, sob o aspecto moral, o comportamento exagerado, lascivo, inconveniente e desrespeitador de certos indivíduos que assim comportam-se. Um indivíduo homossexual pode trabalhar, ter sua vida normal e relações sociais plenas sem qualquer oposição de quem quer que seja. Pode vestir-se com vestes de outro sexo e comportar-se normalmente conforme preferir, sem que afronte as pessoas. Não pode querer passar sem olhares reprovativos uma pessoa que, inconformado com o seu sexo, exibe-se exageradamente por onde anda, dando chilique gratuitamente somente para chamar a atenção. Também não é simpático, sob o aspecto moral vigente na nossa sociedade, os exageros da “Parada Gey”, significando um movimento com caráter comercial e de exagerada exposição à moralidade, com publicidade tendenciosa e atentatória aos costumes comuns, pois realizado como proposta influenciadora de um comportamento que não pode ser imposto.

Igualmente reprovável é a pretensão do governo, usando de metodologias ideológicas, veicular nos supostos livros didáticos gratuitamente distribuídos na rede pública para o ensino fundamental, mensagens subliminares de propagação do homossexualismo. Que política educacional é esta? O que pretendem os idealizadores de tais modelos? Quem são essas pessoas? Será que precisamos rediscutir a ordem social? Estariam denominando de homofóbicos todos que não aderem a esta proposta? Ao que nos parece, querem acusar de homofóbico qualquer um que não adira ao homossexualismo, e não somente aquele que discrimina tal comportamento. Fica a reflexão e não a homofobia.

Professor José Ribeiro de Oliveira
Enviado por Professor José Ribeiro de Oliveira em 01/07/2011
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