Meta Poética

Nada do que lhe digo é bobagem

Mesmo que na mínima existência da minha essência

Seja apenas uma computação de alienígenas manetas

E corais de caramelos chorando pelos campos

Nada, absolutamente nada é como penso

Nem os teus, muito menos meus sonhos

Serão exacerbados nas profundezas de uma dose de tequila

Nem em Manaus muito pouco arriba de nosotros.

Se tu faz de mim somente um pedaço de poesia

Deve ser porque não temos tempo para as canções

Faz de mim o que quer, floresce de loucura minha mente

E não deixa um segundo de lucidez sequer.

Etâ poesia arretada, luz castigada de ingratidão

Estirpe poética de poetas mal amados

Aliena minha frustração pelo prazer de não ser

Aquilo que tanto meu pai queria que fosse

Um trovador ou um bem sucedido vendedor de camisetas

Que batesse de porta em porta oferecendo

Poemas confeccionados em retalhos de algodão

Algo tão obvio quanto necessariamente seria

E toda essa coisa de ser eu esse poeta confuso

De não conseguir encaixar as palavras em suas entranhas

Desafiando cada vez mais cansativo as leis da física

Desentoando e vomitando rimas

Em cima das tuas palavras

Poesia, poesia e cachaça

Somente isso, não trepo mais com você

Poesia, patética meretriz da minha vida.

Zózimo São Paulo
Enviado por Zózimo São Paulo em 20/06/2011
Código do texto: T3046658
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