"Quantas das vezes caminhamos..."

Quantas das vezes caminhamos, de sorriso nos lábios – ansiando para que ele assim permaneça e, como que soletrando baixinho, para não ofender, ao que passa, a nosso lado, na rua, vá iluminar, esse que passa –, levando sonhos, sem maldade ou pudor, depositando os nossos ingénuos brinquedos, para que depois vaiamos a descobrir que tudo ruiu, violentados pela nossa incapacidade de receber, não o trejeito gentio mas o soco, e nos afligimos por isso? Escuta: tudo te é permitido, conquanto não exageres de teu ou omitas quem és, a quem te diz: um ser lindo e sem ressentimentos, que apenas se dispôs a sonhar e em ser feliz e fazer feliz, quem soube ser criança, num mundo de Homens. Com toda a amizade, de meus amigos, são estas palavras, para ti, meu amor: Amo-te! com a galhardia, com que a mim, não me anulo.

Jorge Humberto

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 28/11/2006
Código do texto: T303955