.... ...Um domingo de Mãe... (Pãe)
...Um domingo de mãe... “Pãe”
Meu corpo adormecido desperta aos toc... toc... repetidos na porta do quarto; abro os olhos ainda assustada pela interrupção do sono.
Levanto-me ainda trôpega e caminho ate porta, abro-a e deparo-me com dois braços que me envolve, seguido de uma frase muito propícia ao domingo de hoje: - Feliz dia das mães... se bem que dia das mães é todo o dia... É minha filha, hoje com 18 anos, e a seguir o complemento da vivência comportamental que é típica da geração “y”; to de saída mãe, vou com o namorado visitar a mãe dele; qualquer coisa me liga.... Dou-lhe um beijo retribuo o abraço e a vejo sumir em direção à porta de saída, escuto o barulho do portão bater... retorno a cama, neste momento já mais desperta e deito a cabeça no travesseiro e imagens me visitam o ser consciente... rememoro ela de carinha sapeca voltando para casa em uma sexta feira, ansiosa, com rostinho branco levemente afogueado, retirando dos materiais escolares uma linda flor cuidadosamente pintada por ela na escola em um cartão impresso na própria escola, com felicitações ao dia das mães, que ate hoje o tenho guardado como reforço às lembranças de tempos felizes vividos com ela aos seus 5 aninhos, de seu próprio pulso escrito em cuidadosas letras, Mãe te amo! Me emociono a tais recordações e uma lágrima solitária desce ao longo de meu rosto, pensativa , tenho que registrar esse momento sento-me ao lado do notebook registrando minuciosamente os acontecimentos que vivenciarei ao longo desse dia... ligo a TV, passeio pelos diversos canais mais assistidos e percebo que eu estou muito introspecta para me ligar a alguma coisa da mídia televisiva, desligo a TV, coloco uma musica da Enya... If i Cold be Where You Are, que me embala os anseios do dia que se seguirá, ironicamente a mensagem que a musica trás, tem o grito mudo de que todas as mães pensam ao ver um filho que se ausenta de seu lar... levanto, preparo o café, cuido da louça, organizo a cozinha e retorno, Em minha cabeça o planejamento de sair ao meio dia para almoçar com o filho de 18, gêmeos da filha que se ausentara e que dorme tranquilamente. Fico um pouco na internet e enganando a solidão, conversando com uma amiga ,
as horas passam, olho o relógio ja são 14:15h, me arrumo e vou eu desta vez ao quarto onde meu filho ainda dorme... O ritual se segue :- toc...toc..., sem resposta! Repito: toc...toc...toc..., silêncio absoluto, uma amiga que esta hospedada em minha casa, diz: Ah ele só vai acordar no final do dia.; passou a noite em claro, na internet... Pego as chaves do carro e dirijo-me a minha amiga, então vamo nós almoçar, eu trago comida para ele de lá. Fui a um restaurante próximo de minha residência, ao chegar, inviável permanecer!
Lotação, com filas de espera, um dos gerentes se aproxima e pede desculpas, por não ter mesas disponíveis, ele me reconhece, sou cliente assídua do local...Eu digo não ha problemas vou fazer um pedido e levo, almoço em casa, com certeza la esta mais tranquilo. Faço meu pedido e me surpreendo pela rapidez de atendimento, o que não se configurara em permanecer no local, amenizara-se pela eficiência de atendimento. Retono e depois de almoçar, com a minha amiga, volto ao meu quarto, ligo a tv e meu pensamento voa em direção a minha primogênita, que se encontra em Brasília, e saudosamente adormeço com a tv ligada, ficando assim toda a tarde, corpo adormecido e o espirito alçando voos a lugares com certeza bem iluminados, pois acordo no final do dia leve, zen, ouço um pouco de musica, a musica tem sido meu alimento d’alma... toc...toc... batem à porta, abro-a e meu filho com um pedaço de chocolate nas mãos me oferece... Eu olho a ele sorrio e agradesço, ele insiste, eu digo, come você filho, vai ser mais proveitoso, sabe que eu não sou muito de chocolate... E como mãe reitero:- Ja almoçou? Viu que trouxe almoço pronto pra você? ou só esta comendo besteiras? ele faz uma carinha de contra-gosto e resmunga: To sem fome ,sai e volta ao seu “mundinho particular”. Retorno às minha canções, minha amiga me chama, telefone pra você... Atendo, era minha filha
que prontamente me faz uma saudação carinhosa, narrando seu dia e questionando sobre o meu, salientando a saudade que sente pela minha ausência e a ansiedade em contando os dias, pois em uma semana mais a frente estarei lá com ela...Pergunta da irmã, digo que esta passando o dia na casa do namorado; e o irmão? Esta no quarto dele na internet, não ............................................................
teve nada de festa ai? De festa não, sai pra almoçar fora, mas as circunstâncias me trouxeram de volta ao lar no papel mais legítimo que eu desempenho agora: de Mãe! Ela resmunga num alento! Um dia eles também vão saber valorizar o que é uma Mãe! Eu digo a ela, minha filha, cada coisa a seu tempo! Na infância valorizavam, hoje eles teem coisas que os impedem de perceber, mais são bons filhos, bem criados, sem maiore complicações... O Mais importante eles teem, cuidado de mãe, carinho e amor. E não me sentiria nada bem que eles estivessem comigo, sem que essa fosse a vontade deles, você ja teve as suas “fases” eles estão na deles. Hoje você ja acordou, percebe o carinho e o amor que nunca vai deixar de existir a todos vocês... Repito a ela eu te amo viu! semana que vem estarei ai... desligo o telefone e retorno, a minha reflexão, não fiquei triste, pois tenho condição de compreendê-los, mais sim feliz, pois diante das adversidades de um mundo tão conturbado, eles são filhos que da forma deles, sabem que um simples abraço ao amanhecer e um pedaço do que eles mais gostam, demonstram nas “entrelinhas ‘’ valores afetivos, tênues, que com certeza um dia se solidificarão, diferenciado do mercantilismo massificado de que se tem aproveitado os interesses humanos.
E nesse Lar de Pãe(mãe que exerce a função de pai e mãe) existe a figura de AMOR.
Muita Paz as Mães Paes!
Fortaleza, 08/05/2011.
Mestra dos magos