Alquimia e Ciência Contemporânea
Parece-me que aqueles que praticaram a vetusta (mas respeitável) Alquimia atiraram no que viram e acertaram no que não viram, ao realizarem suas previsões.
Paracelso, ao exercer sua Medicina, intimamente ligada à Alquimia, lançou mão de um saber versado na experiência humana e em densas investigações na Natureza (Espírito Invisível e Sublime). Filósofo e teólogo, invocou a ciência sagrada da Astrologia, ao amenizar o sofrimento dos enfermos sob seus cuidados.
Por outro lado, séculos depois, os cientistas da Era Contemporânea, inspirados talvez no racionalismo de Descartes e outros tantos, abrem caminhos para a (r)evolução/destruição dos fatos naturais: transmutam o jaez dos metais (sabedoria?); inventam formas desumanas de prorrogar o momento final da existência (Elixir da Vida Eterna?), retirando do ser humano o poder de autonomia; especializam-se na criação da vida artificial, ao mesmo tempo que instituem meios mais eficazes de destruição da vida no Planeta Terra (incoerência?); e consequentemente alimentam o poder (em sentido amplo) de seres humanos desconectados dos valores humanísticos de outrora. A estes, interessa sobremaneira o fim, não os meios, porque os fins justificam os meios. Dizem não à experiência valorativa secular e aprimoram a razão.
A saga do conhecimento humano não estancará; inocência que se pense o contrário. Por isto, após longo e perigoso caminhar que instituiu a fortaleza de pseudo-valores, ergue-se uma desesperada tentativa de resgatar o altruísmo essencial de Paracelso, com seus reais valores espirituais, como paradigma de conduta – adaptável à realidade do milênio em curso.
Afinal, à Poesia da Vida, não cabe tanta frieza nem exatidão... e nem me parece ser esta a finalidade da Ciência.
Parece-me que aqueles que praticaram a vetusta (mas respeitável) Alquimia atiraram no que viram e acertaram no que não viram, ao realizarem suas previsões.
Paracelso, ao exercer sua Medicina, intimamente ligada à Alquimia, lançou mão de um saber versado na experiência humana e em densas investigações na Natureza (Espírito Invisível e Sublime). Filósofo e teólogo, invocou a ciência sagrada da Astrologia, ao amenizar o sofrimento dos enfermos sob seus cuidados.
Por outro lado, séculos depois, os cientistas da Era Contemporânea, inspirados talvez no racionalismo de Descartes e outros tantos, abrem caminhos para a (r)evolução/destruição dos fatos naturais: transmutam o jaez dos metais (sabedoria?); inventam formas desumanas de prorrogar o momento final da existência (Elixir da Vida Eterna?), retirando do ser humano o poder de autonomia; especializam-se na criação da vida artificial, ao mesmo tempo que instituem meios mais eficazes de destruição da vida no Planeta Terra (incoerência?); e consequentemente alimentam o poder (em sentido amplo) de seres humanos desconectados dos valores humanísticos de outrora. A estes, interessa sobremaneira o fim, não os meios, porque os fins justificam os meios. Dizem não à experiência valorativa secular e aprimoram a razão.
A saga do conhecimento humano não estancará; inocência que se pense o contrário. Por isto, após longo e perigoso caminhar que instituiu a fortaleza de pseudo-valores, ergue-se uma desesperada tentativa de resgatar o altruísmo essencial de Paracelso, com seus reais valores espirituais, como paradigma de conduta – adaptável à realidade do milênio em curso.
Afinal, à Poesia da Vida, não cabe tanta frieza nem exatidão... e nem me parece ser esta a finalidade da Ciência.
Rio de Janeiro, 18 de abril de 2011