Massacre em uma escola no Rio

Nos Estados Unidos é comum atiradores fanáticos invadirem escolas, matarem e ferirem pessoas aleatoriamente. Em outros países como Alemanha e Finlândia também têm havido criminosos desta natureza. Aqui no Brasil é a terceira vez; mas o primeiro ataque em grande proporção.

Ontem, quarta-feira, 07-04-2011, por volta das 08 horas, um ex-aluno de uma escola localizada no bairro Realengo, na zona oeste do Rio, armado com 02 revólveres calibres 32 e 38 e muita munição, invadiu a mesma, e dentro de duas salas de aulas atirou contra alunos sem nenhum motivo.

A escola municipal Tasso da Silveira estava em festividade por completar 40 anos, e entre muitos eventos estava a convocação de ex-alunos para dar entrevistas e palestras.

Então um rapaz de 23 anos, identificado pela polícia como Wellington Menezes de Oliveira, se apresentou na secretaria da escola como ex-aluno dizendo que iria dar uma palestra. Ao ser indagado em uma sala de aula por uma professora sobre o que iria falar, sacou uma arma e começou a atirar nos alunos dando preferência pelas meninas.

Houve muita gritaria e correria de alunos, professores e funcionários; e muitos alunos ensanguentados pedindo socorro. Um aluno ferido encontrou uma viatura da polícia na redondeza da escola; e logo três policiais militares se dirigiram ao interior da mesma. Em perseguição ao criminoso, o sargento da PM acertou um tiro no abdômen do atirador que se dirigia ao 2º andar da escola, que ao cair na escada se suicidou.

A escola foi isolada para perícia criminal. Conforme a Polícia Técnica foram disparados cerca de 40 tiros, com 12 mortes, sendo 10 meninas e 02 meninos entre 12 e 14 anos. Outras 11 crianças foram atingidas por projéteis, e 04 se encontram em estado grave. Uma mochila contendo pertences do assassino e uma carta assinada pelo mesmo foi encontrada, com fundamentos religiosos e sem justificar o crime.

O criminoso não tinha passagem pela polícia; e havia estudado na escola por 05 anos até o ano de 2002. Conforme ex-alunos da época, Wellington era pouco perseguido e era rejeitado pelas alunas, que não tinha atração pelo mesmo. Conforme vizinhos, trabalhava o dia inteiro, era muito calado e passava as horas vagas na internet. Era filho adotivo e conforme um irmão de criação, Wellington fora encaminhado a um psicólogo, mas recusou o tratamento.

O criminoso mantinha um ódio pela escola, principalmente pelas meninas. Não há como encontrar um culpado para esta tragédia. Mas há como evitar o bullyng, discriminação entra alunos que gera violência. Também há como aumentar a segurança nas escolas, evitando entrada de armas e pessoas estranhas. Porque mesmo com a proibição do porte de armas, armas sempre vão estar disponíveis devido ser roubadas ou traficadas.

Alonso Rodrigues Pimentel
Enviado por Alonso Rodrigues Pimentel em 08/04/2011
Reeditado em 12/04/2011
Código do texto: T2896272
Classificação de conteúdo: seguro