A tragédia no Japão
Na sexta-feira próxima passada, 10-03-2011, às 14h46 hora local (2h46 em Brasília), um terremoto 9 graus de magnitude na escala Richter seguido de um tsunami com ondas de até 10 metros de altura atingiram a leste oeste do Japão. O epicentro foi no oceano Pacífico a 130 quilômetros da península Ojika, e a uma profundidade de 24,4 quilômetros, conforme o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, sigla em inglês).
O tremor foi seguido por outros 100 tremores menores até o momento, com magnitude de até 6,3 graus. Muitas cidades e vilarejos ao longo da costa do país foram atingidos. A região mais atingida é o nordeste, e a cidade mais atingida é Sedai. A capital Tóquio, localizada a 373 quilômetros do epicentro também foi atingida.
O prejuízo é imenso, estimado em 50 bilhões de dólares. Muitos portos e aeroportos foram destruídos; muitas rodovias, pontes e viadutos estão danificados, e muitos prédios e casas não resistiram. Há rachaduras no solo por toda a parte. As ondas gigantes arrastaram navios, lanchas, carros e até casas; há muita lama e entulho. Algumas cidades estão irreconhecíveis.
A grande preocupação é a usina nuclear Fukushima, a 250 quilômetros de Tóquio que teve a sua estrutura abalada e um início de vazamento radioativo de urânio e plutônio. 170 mil moradores dum raio de 20 quilômetros da usina tiveram que deixar as suas casas, e cerca de 160 pessoas podem ter sido expostas à radiação. Outras usinas estão em alertas.
Este terremoto é o maior da história do Japão, e o 7º do mundo, desde que começaram a ser feitos registros, no final do século 19, pelo USGS, conforme geólogos. E ainda conforme geólogos pode ter havido um deslocamento no eixo da terra de aproximadamente 10 centímetros, o que resulta na alteração do dia e até mudança do clima.
O Japão é um dos países que mais se previne contra terremotos e tsunamis, mesmo assim os danos são incalculáveis, com muitos deslizamentos de terras e desabamentos de construções. O número de desaparecidos se aproxima de 700 mil e o de mortos passa de mil, conforme autoridades do país. Muitos países e ONGS coordenados pela ONU enviaram ajuda humana e material. O Japão vive a maior crise desde a 2ª guerra mundial, disse o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan.
Terremotos e tsunamis no Japão são sempre uma ameaça devido o país estar situado numa área denominada anel de fogo, região de muitos vulcões, encontro de placas tectônicas vulneráveis. O pior é que não há como evitar, mas a população pode estar prevenida. E os japoneses são os povos mais prevenidos; por isso esse grande terremoto foi amenizado.
Esta tragédia vai deixar marcas. Mas o povo japonês é forte e perseverante; conseguiu se recuperar dos destroços da guerra e se tornar a 2ª potência mundial. Atualmente 350 mil brasileiros vivem no Japão. E o Brasil abriga a maior população japonesa fora do Japão, cerca de 1,5 milhão de habitantes. Por isso os brasileiros têm muita afinidade com o Japão.