Santa inquisição e sua nova ordem

De fato, a muitos anos escrevi um texto onde relatava que o caráter era flexível. Aprendi coisas, conheci pessoas, tive o prazer em saborear a vida, seus pratos, pessoas, algumas admito apenas ter devorado quanto a outras, me servi lentamente e não sou tão inocente a ponto de pensar que também não fui devorado ou saboreado em plenas refeições ou até mesmo lanches rápidos em olhares fugazes e vazios buscando desenfreadamente e cheios de desespero algo ou alguém que lhes complete a razão e então tenham seu sentido de vida satisfeito, promessas de amor, de desejo, de cumplicidade, o futuro é apenas o dia de amanhã somado a outros que assim vem vindo, como hoje afinal é, e no fim o desapego e o vazio, a solidão de descobrir que de fato foi só mais um vez entre tantas outras. O ódio é um ópio valido pois seda a mente e não deixa perceber o quanto em si somos vazio e buscamos a tal felicidade no lugar errado, seja no coração ou nos membros sexuais alheios. A vida alheia vai sempre mais interessante ao completo ignorante pois estudar a sim mesmo requer tento, dedicação, silencio da alma e um microscópio além da capacidade de invenção ou imaginação. As coisas vem, a vida passa e de fato sabemos que a morte está no fim, então porque tanta polemica em relaxar e gozar e se der tempo, nos conhecermos um pouco melhor e na base te tentativas de acerto e erro seguir encontrando bons ou maus resultados, e com base em nosso próprio amor por nossa carne e alma adquirir e aceitar o que convir e for melhor, não há como ser diferente! As linhas de energia no universo são plenamente infinitas e acredito que deveríamos ter gratidão pelo sabor da aprendizagem, e se houve dor tenho certeza que antes houve prazer e claro, as escrituras antigas sempre dizem que o prazer é um preparo para a dor e a dor por conseqüência é o preparo devido para se valorizar o prazer. O caráter alheio se em suma diferir do que desejamos, almejamos ou fomos criados, será a personificação do mau todo poderoso, melhor perceber o que trazemos dentro em vez de buscar entender o que vem de fora, assim abriremos as portas e tiraremos as roupas menos ou mais vezes, mas com cautela e certeza que a troca de olhar, fugaz ou não será sincera. A aprendizagem é algo que vem da alma, a mente nos cega e atrapalha a evolução com sua falante consciência e motivos desnecessários a existência que se perfaz só e simples curta. Viver no mundo de Alice as vezes pode ser bom, se for isto que enfim escolhemos, nunca e jamais enganamos ou somos enganados pois de fato o animal que somos ruge que algo está errado, e claro o homem que somos diz, vai ficar tudo bem e como no filme que assistimos ou o comercial da família feliz passeando em seu carro ultra moderno sem preocupações vai acabar tudo bem! acredito que é sim possível acabar bem, desde que o bem projetado dependa somente e exclusivamente do ser que assim propôs. A carne é a matéria barata a qual a alma utiliza seus cruéis e benéficos experimentos. E como ouvi em algum lugar ou mesmo, acho que foi um filme: ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE.

Dedico este texto as almas excepcionalmente evoluídas a ponto de não precisarem mais de auto conhecimento e que não tem mais feridas em suas existências, e que assim tão sábias apontam as feridas alheias, no caráter, na existência e na vida comum, como se assim constituíssem uma nova ordem da santa inquisição onde determinam quem de fato é bruxo, santo ou homem comum.

Se a fogueria for fato, os espetinhos e a bebida levo eu!