A SEGURANÇA É ESSENCIAL

A POLÍCIA É UM BEM DO POVO E NÃO DOS GOVERNOS

A formação do corpo social, conquistado pela civilização humana, teve como escopo principal a segurança. Todos os outros benefícios foram conquistas derivadas dessa garantia. Temos, portanto que, segurança é necessidade e prioridade absoluta; é fator essencial, imprescindível à convivência humana, como já preconizava Jean Jacques Russeau, em ‘Contrato Social”.

O rei Manes, faraó do Egito (2.969 a.C), denominava a Polícia como o primeiro e maior bem do povo. Os egípcios foram, dentre os povos antigos, os que tinham a melhor estrutura policial. Os hebreus, igualmente organizados, dividiram a cidade em quarteirões, para melhor policiamento, sendo assim os precursores da divisão circunscricional que hoje adotamos. Na Grécia, a Polícia era exercida entre os magistrados, e era uma das mais altas dignidades o exercício da função policial. Platão, Aristóteles Demóstenes, Epaminondas, Plutarco e tantos outros grandes nomes mitológicos, iniciaram-se na vida pública através da policia.

Hodiernamente, especialmente entre nós brasileiros, não há o que discutir, a segurança pública é o maior e mais importante serviço que o Estado pode oferecer à sociedade. Sem segurança não há harmonia social e sem esta fica inviável a convivência. Não havendo convivência não existe sociedade. Se não existir sociedade não se justifica a existência do Estado.

E é justamente por ser considerado o mais importante dentre os serviços públicos a serem oferecidos pelo Estado, que tem sido escolhido como tema preferido nas campanhas políticas, para manipulação, vez que a sociedade há muito clama pela atenção dos políticos quanto a segurança pública. E ainda assim, encontramos governos que olham com olhos vesgos para a questão da segurança pública e lhe dá um tratamento de menosprezo. Mas a história nos mostra que nenhum governo se firma sem política séria de segurança pública. Ora, o Estado tem, ao longo da história, tentado encontrar fim em si mesmo, negando sua atuação naquilo que se dispôs a atuar enquanto Estado.

Dessa negação tem sido cada vez maior a erupção de problemas sociais graves, acentuando enormemente desequilíbrios sociais e, por conseguinte, e em razão dessa desarmonia, vê-se uma crescente desordem interna, que se traduz numa insegurança já quase inviabilizadora de uma relação suportável. Mesmo assim, não se cansam as “autoridades políticas” em conotarem a violência a criminalidade, entre nós, como uma incidência “compatível” às nossas realidades. Tal posição é, na verdade, uma omissão intolerável para a sociedade, que sem opção, ou busca por meios próprios a sua proteção (aqueles que podem contratam segurança particular) ou convivem com a violência e a incorpora ao seu cotidiano como uma cultura.

A violência que vive o Brasil atualmente é desumana, e é tão cruel quanto o descrédito dos políticos brasileiros. Não é essa a democracia que queremos, uma “emocracia peculiar”, onde, quem pode faz o que quer, onde a violência impera sob o olhar tolerante dos governos e a sociedade é apenas vítima. Amanhã nascerá um novo sol, e haverá um novo dia. Até quando precisamos derramar nosso sangue a espera do que podemos fazer agora?

José Ribeiro de Oliveira

Jroliveira2007@yahoo.com.br

Professor José Ribeiro de Oliveira
Enviado por Professor José Ribeiro de Oliveira em 27/02/2011
Reeditado em 27/02/2011
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