A promessa

Não sou um pregador da Palavra. Quisera sê-lo, para transmitir o recado de Deus ao meu reduzido número de leitores. Sou falto de erudição bíblica, todavia, confio nas promessas do Senhor de que Ele falará por mim, conforme afirma em Jeremias, Capítulo 1, versículo 9: "Eis que ponho na tua boca as minhas palavras".

Hoje, decidi comentar sobre o primeiro Salmo da Bíblia. A ideia é aproximar o leitor de seu Criador, mediante rápida reflexão. Os cento e cinquenta Salmos constantes da Bíblia foram escritos entre os anos de 1440 e 400 a.C, por autores diversos, como Moisés, Davi, Salomão, os filhos de Corá e de Asafe, Etã e por outros salmistas desconhecidos.

Esses inspirados escritores tiveram por propósito oferecer a Israel uma coletânea de cânticos para adoração e louvor a Deus. A palavra Salmo significa Cântico; seu título original no hebraico é Livro de Louvores. O número de Salmos utilizado como lamento supera o de hinos, no entanto, todos os lamentos expressam confiança em Deus.

Os Salmos são importantes em nossa vida espiritual. Meditando no que dizem, refrigeramos o nosso espírito faltoso e nos voltamos para Cristo, revelado em todos eles. Os Salmos clamam pela justificação dos justos e pelo juízo de Deus contra os ímpios. O primeiro deles tem por título "Os justos e os ímpios", e nos exorta a uma atitude correta para com Deus.

Vejamos o que diz a Palavra:

No versículo primeiro, lemos: "Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores". Quem assim age é beneficiário da graça de Deus.

Os que têm a ventura de serem separados deste mundo incrédulo e malsão, para justificar os favores do Senhor, não devem fazer alianças com os ímpios. Devemos esquecer os seus conselhos e pontos de vista e não nos assentarmos com eles para zombarmos da Palavra de Deus ou escarnecemos de nossos semelhantes. Lembremo-nos de que Jesus disse: "Amai-vos uns aos outros".

No versículo dois do Salmo primeiro, referindo-se aos justos, diz o salmista: "Antes, o seu prazer (de quem obedece a Deus) está na lei do Senhor e nela medita de dia e de noite". Diuturnamente, portanto.

A satisfação de vivermos segundo a palavra de Deus, cumprindo-a como Ele nos determina é que nos distingue do ímpio. Devemos fazer o que Deus requer de nós e termos a Sua orientação como bússola para palmilharmos o caminho da salvação, encontrada quando aceitamos a Cristo como nosso salvador pessoal.

O verso três compara o justo à "árvore plantada junto a correntes de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido".

Estas são as promessas do Senhor para os que O amam e seguem os Seus conselhos. Muitos já receberam essas bênçãos, como José, que prosperou no Egito. Todos nós, se não andarmos no conselho dos ímpios, também seremos vitoriosos. Paulo, o apóstolo dos gentios, diz: "Em Cristo somos mais que vencedores". Esta verdade é promessa realizada.

Deus é poder e a força divina supera as adversidades. Se a folhagem da árvore plantada junto a correntes de água não murcha, e continuamente floresce, o caminho do justo será igualmente próspero. A vitória o acompanhará. Deus o prometeu. E Ele cumpre Sua divina Palavra.

No versículo quatro, lemos: "Os ímpios não são assim (como os justos, que no devido tempo dão o seu fruto e tudo quanto fazem é bem sucedido); são, porém, como a palha que o vento dispersa. Por isso, os perversos não prevalecerão no juízo, nem os pecadores, na congregação dos justos", complementa o versículo quinto.

O autor do Salmo primeiro trata o ímpio e o justo como uma árvore. A diferença, contudo, é que a árvore ímpia, sem a umidade necessária às suas raízes, perecerá. O ímpio não busca a "Água da Vida", Cristo. Por isso, será condenado.

A árvore justa, todavia, plantada junto a correntes de água, com suas raízes profundas, resistirá ao tempo e produzirá frutos. Assim, o justo, em seu caminhar diário, tendo Cristo como fonte de "água viva", prosperará. E, como disse o Mestre, dará frutos em abundância.

Crê no Senhor Jesus e serás salvo, diz a Palavra. Aleluia!

Finalmente, o versículo seis assegura: "O Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá". Os ímpios estarão presentes no Juízo Final e serão condenados. Os justos herdarão o Céu e viverão eternamente na congregação em que Jesus reina, com todo o Israel de Deus. Amém!

Que o Senhor abençoe os leitores desta humilde mensagem.