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Apesar da carga hormonal ser a mesma; da coragem ser quase a mesma; da fibra e determinação lembrarem um e outro; da responsabilidade e do zelo com a família parecerem um pouco; do jeito de amar e ser amado diferentes; do jeito de ser pai muito diferente. Somos homens do ontem e do hoje! Seres quase iguais, mas com atitudes bem divergentes!
A nossa natureza e o papel social determinados pela sociedade de cada época nos faz diferentes um do outro. A força da cultura foi determinando a mudança de valores.
Mas será que mudamos tanto assim? Vejamos: meu pai quando jovem tinha sonhos, projetos de constituir família e zelar por ela,proposta que cumpriu até o fim de sua vida....Foi bom marido, autoritário, protetor e dentro dos padrões da época, pode-se dizer que cumpriu quase todos os papéis que esperavam dele.
Já viúvo, casou com outra pessoa e até os seus últimos dias, permaneceu com ela.
Seu olhar bastava para impor sua autoridade. Jamais deixou faltar qualquer alimento, roupa ou algo muito importante para a subsistência de seus filhos. Seu orgulho era a  nossa formação e carreira; gabava-se do sucesso de seus filhos. Isto o enchia de orgulho.
Hoje esta autoridade praticamente não existe. Há uma inversão de valores, jogando sonhos e projetos fora com uma facilidade assustadora. A família continua importante, até que um não consiga mais tolerar o outro.
A estrutura familiar mudou muito, embora ainda quem tem os pais vivos (quando se tem), da geração ¨da antiga¨, estes procuram segurar uma desunião à vista. Fico pensado quando a geração seguinte estiver no comando, irá predominar a família descarte. Pobres crianças que serão geradas sem nenhum compromisso de continuidade.
Voltando aos homens de ¨ontem¨: eles nasciam, cresciam e muito cedo já tinham o seu futuro determinado. Buscavam de forma centrada a carreira profissional, casavam, sustentavam a sua família. Viam os filhos crescerem, assumirem uma profissão e a missão deles estava cumprida.
E hoje? Nascem...crescem e estudam nas melhores escolas e a maioria dos jovens de hoje, já na idade adulta, ainda não se definiu pela profissão ou carreira que irá seguir. Quando esta profissão é escolhida, normalmente se dá bem, alcançando o sucesso na vida profissional, mas do ponto de vista afetivo é imaturo, desorientado, intolerante; muitos ainda são mal educados, pois os pais só atribuiram à melhor escola do bairro uma formação que ela está incapaz de suprir e deixaram correr solto a parte da educação familiar.
Quando partem para constituir família, a fragilidade no relacionamento é tão intensa que já se sabe com antecedência que a duração dos laços familiares e paternos serão superficiais e sem qualquer compromisso com a sua futura prole.
A consequência disso tudo é o homem moderno...muito insatisteito..muito egoista...muito individualista...muito desgarrado e sem vínculos com a família.
Qual será a sociedade que virá deste homem moderno? Que tempos virão?