Uma pedra no meio da consciência !!!
A nossa consciência ainda é o lugar mais seguro que podemos repousar os nossos ais.
O âmago da alma, onde discutimos as nossas premissas mais secretas.
O local onde se lavam as roupas mais sujas!
Confessamos os nossos maiores segredos e enfim nos redimimos para encontrar a saída para todos os nossos problemas e a cura de nossos mais angustiantes dissabores!
Mas quando nos encontramos numa lastimável situação, em que temos vergonha até de nós mesmos e de nossas próprias atitudes, quando em frações de segundos, voltamos ao passado e nos vem à tona situações vergonhosas, em que não saímos decentemente bem e nem em acordo com os princípios divinos do universo, aí então caímos em sofrimento pernicioso que corrói o corpo e a alma por inteiro.
Como se tivéssemos uma gigantesca pedra no meio de nossas consciências!
A chamada consciência pesada!!!
Atrofiando o sublime intercâmbio entre a razão e os sentimentos.
E parece não mais existir um remédio que nos livre desse tédio!
Um peso que nos arrebata, retira o fôlego e que vai nos desgastando e consumindo dia pós dia.
É quando nem rezar parece que adianta mais e chegamos a desconjuntar a própria fé e a esperança que são os essenciais mananciais da vida.
A leitura não é mais assimilada como auto- ajuda para refletirmos o que a própria razão já desconhece!
E assim, a doença se faz morada em nossas almas e em nossos corpos e sentimos uma dor que nos assola e arrebata toda a energia.
Parece que tudo perde o sentido e não tem mais graça viver!
Isso costuma se agravar ainda mais quando a idade vai avançando e percebemos que não há mais tempo de voltar ao passado e recuperar o tempo perdido.
De parar o relógio biológico, para resgatar valores e oportunidades perdidas.
Desmanchar mágoas,curar feridas e desatar os nós que fomos amarrando ao longo de uma trajetória.
Aquele diálogo sempre adiado para acertos de contas que não estariam hoje rendendo juros sobre juros ao ponto de perder-se o controle da situação e chegar à dura conclusão que é impossível pagar essas velhas contas, devendo ainda o seu próprio passado.
Assim, assistimos grandes amigos indo embora para nunca mais voltar. Quando por questões de meras ideologias pueris, os magoamos e vimos no decorrer dos anos eles se distanciando cada vez mais!
Quando perdemos a preciosa oportunidade de brincar com nossos filhos e rolar na grama com nossos cachorros...
E levar o neto no cinema, tomar sorvete na praça e lambuzarmos os cabelos...
O cachorro morre, os filhos vão embora e os netos crescem!
Então anda!!!
Ande de pés descalços e tome banho de chuva...
Jogue milho para os pássaros da praça e viva uma vida de graça...
Se permitir mais e adiar menos as oportunidades de arriscar, de conquistar valores e realizar sonhos!
De viver a vida simplesmente!
Nos momentos certos, nas horas certas e até nas incertas...
Ser gentil, caridoso, generoso mesmo com muitos que julgamos não precisar ou não merecer!
Deixar florescer em nós o dom de sermos bons!
Sermos úteis!
Sermos prestativos!
Permitir que em nossas vidas, criemos situações simples que nos farão ser lembrados por muitas gerações futuras!
Sermos história na vida do mundo. Mesmo que esse mundo seja um mundinho ao nosso redor!
Entre os nossos poucos amigos e familiares que ainda nos restam, mas que possam se lembrar de nós com orgulho e muita saudade...
Surpreender pessoas com às vezes pequenos grandes gestos!
Um sorriso, em meio a tantas caretas e indagações? Uma porta aberta em meio a tantas fechadas e discriminações!
Uma mão estendida em meio a tanta avareza e pré julgamentos!
Preparar um almoço para os amigos ausentes ou tantos parentes que nunca vieram nos visitar!...
Mas comida simples, sem cerimônias e sem frescura e uma sobremesa como a rapadura. Doce por inteiro!
Somente pelo verdadeiro prazer de se ter o trabalho para tentar agradar!
E mesmo se não conseguir agradar, mesmo assim acreditar que valeu a pena!
Guardar um pouco menos de dinheiro para aquele medo de um futuro remoto que muita das vezes nem se sabe se vai existir e sim usá-lo para seu prazer próprio e dos seus, porque não?
Enquanto lhe é dado à dádiva de viver com saúde, vontade e coragem de desfrutá-lo!
Quando ainda se tem tempo!
Tempo de ficar em casa por um curto período, só para ter a certeza que a vida passa...
Mesmo para quem não faz nada de interessante! E acreditar no direito de tirar aquela soneca à tarde e assistir aquele filme bobo e repetido na TV.
Só pelo prazer de dizer que há um dia internacional para não se fazer nada de útil.
Mas que é o seu direito. E isso representará tanto daqui alguns anos...
Refletimos enquanto jovens.
Enquanto ainda existe a razão para viver.
Para amar, para servir, para perdoar e sorrir!
Enquanto conseguirmos varrer a poeira, peneirar a areia de nossas consciências.
Antes de tudo se calcificar e se transformar numa enorme pedra capaz de pesar o sentimento de culpa e paralisar a nossa vontade de viver.
De continuarmos tendo a dignidade de caminhar em busca do Ser feliz!!!
Valleria Gurgel
24/01/2011
A nossa consciência ainda é o lugar mais seguro que podemos repousar os nossos ais.
O âmago da alma, onde discutimos as nossas premissas mais secretas.
O local onde se lavam as roupas mais sujas!
Confessamos os nossos maiores segredos e enfim nos redimimos para encontrar a saída para todos os nossos problemas e a cura de nossos mais angustiantes dissabores!
Mas quando nos encontramos numa lastimável situação, em que temos vergonha até de nós mesmos e de nossas próprias atitudes, quando em frações de segundos, voltamos ao passado e nos vem à tona situações vergonhosas, em que não saímos decentemente bem e nem em acordo com os princípios divinos do universo, aí então caímos em sofrimento pernicioso que corrói o corpo e a alma por inteiro.
Como se tivéssemos uma gigantesca pedra no meio de nossas consciências!
A chamada consciência pesada!!!
Atrofiando o sublime intercâmbio entre a razão e os sentimentos.
E parece não mais existir um remédio que nos livre desse tédio!
Um peso que nos arrebata, retira o fôlego e que vai nos desgastando e consumindo dia pós dia.
É quando nem rezar parece que adianta mais e chegamos a desconjuntar a própria fé e a esperança que são os essenciais mananciais da vida.
A leitura não é mais assimilada como auto- ajuda para refletirmos o que a própria razão já desconhece!
E assim, a doença se faz morada em nossas almas e em nossos corpos e sentimos uma dor que nos assola e arrebata toda a energia.
Parece que tudo perde o sentido e não tem mais graça viver!
Isso costuma se agravar ainda mais quando a idade vai avançando e percebemos que não há mais tempo de voltar ao passado e recuperar o tempo perdido.
De parar o relógio biológico, para resgatar valores e oportunidades perdidas.
Desmanchar mágoas,curar feridas e desatar os nós que fomos amarrando ao longo de uma trajetória.
Aquele diálogo sempre adiado para acertos de contas que não estariam hoje rendendo juros sobre juros ao ponto de perder-se o controle da situação e chegar à dura conclusão que é impossível pagar essas velhas contas, devendo ainda o seu próprio passado.
Assim, assistimos grandes amigos indo embora para nunca mais voltar. Quando por questões de meras ideologias pueris, os magoamos e vimos no decorrer dos anos eles se distanciando cada vez mais!
Quando perdemos a preciosa oportunidade de brincar com nossos filhos e rolar na grama com nossos cachorros...
E levar o neto no cinema, tomar sorvete na praça e lambuzarmos os cabelos...
O cachorro morre, os filhos vão embora e os netos crescem!
Então anda!!!
Ande de pés descalços e tome banho de chuva...
Jogue milho para os pássaros da praça e viva uma vida de graça...
Se permitir mais e adiar menos as oportunidades de arriscar, de conquistar valores e realizar sonhos!
De viver a vida simplesmente!
Nos momentos certos, nas horas certas e até nas incertas...
Ser gentil, caridoso, generoso mesmo com muitos que julgamos não precisar ou não merecer!
Deixar florescer em nós o dom de sermos bons!
Sermos úteis!
Sermos prestativos!
Permitir que em nossas vidas, criemos situações simples que nos farão ser lembrados por muitas gerações futuras!
Sermos história na vida do mundo. Mesmo que esse mundo seja um mundinho ao nosso redor!
Entre os nossos poucos amigos e familiares que ainda nos restam, mas que possam se lembrar de nós com orgulho e muita saudade...
Surpreender pessoas com às vezes pequenos grandes gestos!
Um sorriso, em meio a tantas caretas e indagações? Uma porta aberta em meio a tantas fechadas e discriminações!
Uma mão estendida em meio a tanta avareza e pré julgamentos!
Preparar um almoço para os amigos ausentes ou tantos parentes que nunca vieram nos visitar!...
Mas comida simples, sem cerimônias e sem frescura e uma sobremesa como a rapadura. Doce por inteiro!
Somente pelo verdadeiro prazer de se ter o trabalho para tentar agradar!
E mesmo se não conseguir agradar, mesmo assim acreditar que valeu a pena!
Guardar um pouco menos de dinheiro para aquele medo de um futuro remoto que muita das vezes nem se sabe se vai existir e sim usá-lo para seu prazer próprio e dos seus, porque não?
Enquanto lhe é dado à dádiva de viver com saúde, vontade e coragem de desfrutá-lo!
Quando ainda se tem tempo!
Tempo de ficar em casa por um curto período, só para ter a certeza que a vida passa...
Mesmo para quem não faz nada de interessante! E acreditar no direito de tirar aquela soneca à tarde e assistir aquele filme bobo e repetido na TV.
Só pelo prazer de dizer que há um dia internacional para não se fazer nada de útil.
Mas que é o seu direito. E isso representará tanto daqui alguns anos...
Refletimos enquanto jovens.
Enquanto ainda existe a razão para viver.
Para amar, para servir, para perdoar e sorrir!
Enquanto conseguirmos varrer a poeira, peneirar a areia de nossas consciências.
Antes de tudo se calcificar e se transformar numa enorme pedra capaz de pesar o sentimento de culpa e paralisar a nossa vontade de viver.
De continuarmos tendo a dignidade de caminhar em busca do Ser feliz!!!
Valleria Gurgel
24/01/2011