Outra Tempestade
Deitado, assistindo TV, vejo pessoas lotando caminhões com doações ou com móveis das famílias que foram vitimas do desastre no Rio de Janeiro. Vejo minha amada Uberaba, no Triangulo das Gerais, realizando campanhas para auxiliar nossos irmãos cariocas, vejo no jornal tantos bilhões de dólares para socorrer as vitimas dos desastres em que se gastariam míseros milhões em prevenção para que os desastres não acontecessem.
Às vezes penso em desistir, mas me lembro das cinqüenta e oito cidades de Minas Gerais em Estado de Calamidade Pública. Que, assim como vem acontecendo em todo o País, pessoas estão morrendo, pessoas estão sem comida, água, papel higiênico, sem escovar os dentes...
Penso que em todo o planeta, a coisa ou o deus que chamam natureza está uma senhora muito nervosa. E pessoas não têm onde defecar. E pessoas fedem após semanas sem tomar banho. E pegam leptospirose, e lavam o arroz de barro e esgoto com a água da chuva para se alimentar.