Tragédia no Rio de Janeiro
Em abril de 2010 uma chuvarada se precipitou sobre a cidade do Rio de Janeiro e redondeza, ocasionando o desmoronamento de vários morros e alagamentos de rios e córregos de várias cidades. Muitas famílias que moravam nas encostas de morros ou próximas a rios e córregos tiveram as suas casas e móveis destruídos levados pela lama, e muitas pessoas foram soterradas. Foram mais de 300 mortos e milhares de desabrigados.
Passados 09 meses mais uma tragédia com proporções maiores acaba de acontecer atingindo o Rio e região serrana. As cidades mais afetadas são Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis e Sumidouro. Conforme os Bombeiros e a Defesa Civil, até o momento já são 600 mortes, 9 mil desalojados e 7 mil desabrigados. Muitas rodovias foram destruídas com muitos carros levados pela lama. E muitos bairros estão incomunicáveis, sem energia e telefone.
Conforme meteorologistas, a grande concentração de chuvas na região serrana do Estado do Rio de Janeiro é decorrente do encontro de nuvens quentes e frias e da topografia local; e que as mudanças climáticas são resultados do aquecimento global consequência da poluição atmosférica, devastação de florestas, represamento de rios e crescimento de cidades sem arborização.
Especialistas dizem que os desmoronamentos e deslizamentos de morros e alagamento de rios e córregos nas cidades são resultados do crescimento desordenado das cidades e de falta de engenharia de urbanização; pois as áreas de risco como encostas de morros e beiradas de córregos e rios devem ser preservadas por não suportarem construções de alvenarias.
Esta catástrofe natural é a maior da história do país. Triste recorde. Triste realidade. Há muito trabalho de recuperação para ser feito no Rio e região serrana. As áreas de risco como encostas de morros e beiradas de córregos e rios precisam ser desocupadas, e os moradores indenizados. E as pessoas que tiveram as suas casas destruídas e parentes mortos também precisam ser indenizadas. E os desalojados e desabrigados, precisam ser acolhidos pelo Estado e população.
Os governantes estão pagando agora um alto preço pelo descaso ao longo de décadas. A recente tragédia deve servir de exemplo não só para os governantes locais, mas para os governantes de outras cidades, para que não fiquem acomodados ou deitados em berços esplêndidos. Ou seja, que não deixem as pessoas morarem em áreas de risco para morrerem vítimas de enchentes e desmoronamentos de morros.