O mais belo presente deste Natal
Há trinta e dois anos, eu e minha família nos reunimos no dia 24 de dezembro, em torno de bem arranjada mesa, decorada com finas iguarias, para celebrarmos o Natal.
As lembranças ficam dispostas ao redor de belíssima árvore artificial, com centenas de luzes piscando incessantemente. A família é pequena; apenas doze pessoas, com destaque para os quatro netinhos, presentes do aniversariante.
Parentes e amigos complementam este belo quadro familiar e afetivo. A cor vermelha predomina na decoração; o aspecto alegre das pessoas aviva o ambiente festivo; a harmonia e a esperança animam a todos, em busca da manutenção de uma amizade despretensiosa, que se estenda por todo o ano seguinte.
E pelo decorrer de nossa efêmera existência!
Em Natais passados, antes da realização da ceia, à meia noite, e depois da entrega de presentes, lemos um trecho das Sagradas Escrituras, que narra o nascimento do nosso mais ilustre convidado: Jesus! No próximo dia 24, faremos o mesmo, se Ele assim nos permitir. Jesus será o homenageado da noite; nós O reverenciaremos com todas as veras de nossos corações, atribuindo-Lhe a grandeza, o esplendor e a glória de que é merecedor. Igualmente aos reis magos, ali estaremos, contritos, para adorá-Lo em espírito e em verdade.
O ano passado, estivemos fora de Brasília. De São Paulo, para onde transferimos provisoriamente nossa residência, a fim de tratarmos da saúde do nosso netinho, Raphael, não foi diferente. Ali, sem a participação de parentes e amigos, comemoramos o nascimento do nosso Salvador. Ele esteve presente, ouviu os hinos entoados em Seu louvor e recebeu nossos agradecimentos pelas bênçãos alcançadas de Suas dadivosas mãos.
Lemos a Sua Palavra, ceamos, para não interrompermos a tradição, e, mais importante, vimos a glória de Deus resplandecer sobre nossa casa. O Raphael estava sendo curado, exatamente como Ele fizera à Isabelle, sua irmãzinha, quando ela foi submetida a um transplante de fígado, cinco anos antes.
Abro um parêntese, para comentar o que li, com tristeza, no site Recanto das Letras, do qual participo como modesto escrevinhador. Crônica de certo professor de Mossoró, no Rio Grande do Norte, sob o título, “Natal de Mateus e Lucas”, demonstra a incredulidade do autor, que não admite ter o Mestre dos mestres sequer existido, alegando que o advento é negado pelos próprios judeus.
O dignitário potiguar prefere raciocinar tal qual seu mestre, o escritor ateu José Saramago, recém-falecido, citando-o como autoridade inquestionável, por ter recebido um prêmio Nobel; O escritor português é autor do livro “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, obra lida com muita atenção pelo mencionado professor. Quanto a Bíblia…
Questiona o ilustre intelectual rio-grandense, como o fez Saramago: “Por que os anjos não avisaram às demais famílias, da intenção de Herodes de matar as crianças abaixo de dois anos?”. O sábio mestre de Mossoró diz, em seu texto, ser “melhor acreditar em Papai Noel, que não teve de matar ninguém”; suas palavras e interpretação das Escrituras atestam a ignorância que lhe acomete em torno do sagrado propósito de Deus.
A Bíblia não é nenhuma invenção, caro mestre, como diz o senhor. Trata-se da Palavra inspirada e somente pela fé podemos entendê-la plenamente. Estudando-a, acompanhado de bons ensinamentos teológicos, também.
Experimente e suas dúvidas serão dirimidas!
Volto às homenagens ao supremo aniversariante de 25 de dezembro próximo, a quem devo a salvação de minha alma e os cuidados dispensados a mim e à família que Ele me deu por herança. Jesus, Salvador bendito, louvores e mais louvores sejam entoados em Teu santo e excelso nome!
Finalizo, desejando aos meus poucos leitores e à legião de amigos que cultivo respeitosamente, as mais ricas bênçãos dos Céus; que a sabedoria do Alto abra as suas mentes para entenderem os divinos propósitos de Deus, nosso Senhor; e que o Natal deste ano seja alegre e feliz; quanto ao Ano Novo, almejo-lhes saúde e prosperidade, ansiando que seus desejos sejam realizados conforme acalentados em sonhos imorredouros.
Não devemos, também, esquecer o que disse o aniversariante, há mais de dois mil anos: “E por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará”. Não deixem isto lhes acontecer. Renovem a cada dia o sentimento de fraternidade; o amor ao próximo é um mandamento divino; esfriando-o em nossos corações, estaremos abrindo espaço em nossas vidas para a maldade, a iniquidade e a injustiça.
Ah! Por que o título desta crônica? Por termos recebido, eu e toda a família, o maior presente de nossas vidas: Jesus Cristo, como Salvador pessoal, e a saúde do Raphael, restaurada graças à Sua divina misericórdia. Amem!