07- CRONICANDO: CRUZAMENTOS

CRUZAMENTOS

Em 19 de Setembro desse ano completamos três anos de namoro. Completamos, pois eu, George Pedro Barbalho de Araujo, namoro Aline Araújo de Oliveira.

Como a conheci? Bem, eu a conheci na faculdade. Fazemos o mesmo curso. Ela era caloura e eu veterano, então fui recepcionar aos feras.

Na verdade, antes de recepcioná-la eu já a conhecia, pelo menos virtualmente. Foi através de uma rede de relacionamento. Havia uma comunidade do nosso curso. Foi lá que trocamos o nosso primeiro oooooi.

Minto eu. Para falar a verdade a conheci no dia do vestibular, não no de administração, mas sim no de psicologia. Mas neste dia pouco a vi. Conversei com a sua mãe. Se eu conhecia a mãe? Também não. Foi apenas uma conversa de porta de escola. Ela pensava que eu estava nervoso, nervosíssimo, a ponto de arrancar os próprios dedos de tanto roer as unhas. Hoje, quando digo que não estava nersovoso ela replica: “você estava nervoso sim.”

No dia que conheci a mãe apenas vi a filha de relance. Uma adolescente, magrela, alta e, claro, "muy guapa"; devia ter uns 16 ou 17 anos; se não me engano, eu tinha 18.

Às oito horas me despedi da senhora minha futura sogra e fui fazer a prova, mas antes disso ela perguntou o meu nome ,George Barbalho. “Vou procurá-lo na lista de aprovados.” Ai está o embrião do nosso namoro.

Como eu já disse, completamos três anos de namoro, mas bem que poderia ser quatro anos. Iniciamos em 2007, porém em 2006 fazíamos um preparatório para o vestibular, ela em um, eu noutro. Mas quase que estudávamos no mesmo cursinho, fui conhecer a escola onde ela estudava, mas como o outro era mais barato... Não nos conhecemos em 2006.

Em 2003, 2004 e 2005 também poderíamos ter nos conhecidos. Teríamos, hoje, no mínimo cinco anos de namoro e, no máximo, sete (isso se ela me quisesse naquela época, eu era todo esquisito, não confundir com o significado em espanhol). Uns colegas estavam pensando em se transferir de escola, eu os ouvi conversando e me juntei a eles. Luann e Isael (que estudaram na mesma sala da minha namorada) dizem que perdi momentos inesquecíveis.

E se eu disser para você, que quando éramos crianças morávamos no mesmo bairro (só não crescemos e “moramos na mesma rua como se fosse céu e lua...”). Eu devia ter uns sete anos, ela, dois a menos. Nessa idade ninguém iria namorar ninguém claro, mas já dá para sentir uma simpatia pelo outro e, se fossemos bem danadinhos, rolaria uns beijinhos inocentes, daquele que os anjinhos dão uns nos outros.

Pedro Barbalho

George Itaporanga
Enviado por George Itaporanga em 19/11/2010
Reeditado em 24/11/2022
Código do texto: T2624385
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