Hellah quer dormir...

Hellah mora sozinha. Quando a noite chega ela se dirige ao quarto e faz as leituras costumeiras. Organiza a agenda do dia seguinte, faz uma meditação e só depois se aninha entre as cobertas para o repousante sono.

Naquele dia, como estava muito quente, Hellah abriu a porta que dá para a varanda. O ar estava parado. Tentou dormir e mesmo “sem contar carneirinhos” o sono foi chegando de mansinho.

Mas foi logo interrompido pelo barulho que vinha do andar de cima. Era porta batendo, coisas caindo ao chão.

Hellah não tolerava estas indelicadezas em horários nobres dedicados ao repouso noturno. Levantou-se e da varanda disse bem alto:

— Escuta, eu posso dormir ou tá difícil?

Por uns momentos tudo silenciou. Daí a pouco começa novo barulho com vozes e correria.

Só então Hellah veio a saber que era a polícia que havia chegado chamado por algum vizinho para prender o ladrão que estava ali, bem pertinho dela.