Passado honroso, presente duvidoso e futuro incerto
Meu Deus, Deus meu, onde estás que não ouves as minhas preces? Reconheço-me um pecador contumaz, afasto-me com frequência da Tua divina e augusta presença, sou desobediente à Tua palavra santa, mas tem misericórdia de mim, Senhor; perdoa-me e ouve o meu clamor! Lembra-Te quando imploro para orientares o eleitor brasileiro, desmemoriado e ausente, cujas atitudes negativas, ingênuas e irresponsáveis são capazes de perpetuar “tudo isso que está aí”: corrupção, mentira, falsidade, oportunismo e tantos outros desacertos desse governo de enganosa prosperidade.
Reconheço a melhora econômica e algum avanço ocorrido na área social, nos últimos anos. Não esqueço, todavia – por vê-los decadentes –, setores como Saúde, Segurança Pública e Educação, negligenciados por quem se diz portador de boas novas.
Também não deixarei de mencionar vitórias propiciadas por administrações anteriores. De Collor a Fernando Henrique, passando por Itamar Franco, aconteceram mudanças salutares. A privatização de empresas ineficientes e perdulárias e a instituição da Lei de Responsabilidade Fiscal, que pune o esbanjador e desonesto gestor da coisa pública, são alguns exemplos. Os atuais dirigentes do país reduzem a importância de tais acontecimentos, embora se apropriem desses avanços. Os detratores petistas não perdoam; acusam. Não reconhecem os bons ventos do passado; ignora-os desdenhosamente.
Ao falar do passado, lembro a participação dos militares na administração de um “país de bananas”, como éramos conhecidos. Seria injusto não mencionar, para clarear a memória dos esquecidos, as grandes obras nacionais a partir de 1964. Deixo de lado o aspecto político dos homens da caserna, para render-lhes tributo por suas inegáveis realizações.
A perseguição aos comunistas ansiosos por transformar o Brasil foi necessária; do contrário, teríamos vivido momentos idênticos aos lamentados por Cuba. Eu, particularmente, cheguei a ser investigado pela ditadura dos generais e sofri policiamento árduo e diuturno por muitos anos. Não os culpo por nada; nem mesmo pela firme determinação de livrar o país das garras russas, chinesas, cubanas e albanesas; tampouco, busquei o benefício das imorais indenizações concedidas aos terroristas desejosos de implantar no Brasil a ditadura do proletariado, a baderna e a discórdia. A Dilma Roussef entre eles.
Os petistas, membros de uma agremiação que se dizia honesta e progressista, que cresce embalada pela popularidade – se verdadeira, não sei – de seu dirigente maior, de poucos predicados, atribuem a si as qualidades roubadas de outros. Desconhecem os avanços da boa gestão iniciada por Itamar Franco e eficazmente seguida por Fernando Henrique Cardoso, depois copiada e adotada por Lulla; ignoram as grandes, oportunas e indispensáveis obras dos governos militares; o Brasil tornou-se, à época, a oitava economia do mundo, depois de amargar a quadragésima quinta posição.
Lembremos, por justiça, dos feitos grandiosos dos homens fardados, dignos e honestos cidadãos que deixaram o poder sem os “rabos presos” à corrupção, a bandalheira dos políticos e governantes de hoje. Foram homens íntegros, patriotas de escol que transformaram o Brasil, hoje apossado pelos terroristas que combateram.
Eis um elenco de realizações dos militares em vinte e dois anos de governo. Nos dois decênios seguintes, os civis incorporaram ao patrimônio nacional menos de dez por cento do que eles fizeram. Vejamos, pois, como o Brasil virou um canteiro de obras, naquela memorável época: Duplicação da Via Dutra; construção da rodovia Rio de Janeiro-Juiz de Fora; ponte Rio-Niterói; hidrelétricas de Tucuruí, Ilha Solteira, Jupiá e Itaipu; instalação de torres de alta tensão em quase todo o Brasil; metrôs de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza (este até hoje inacabado pelos civis que os sucederam)...
E mais fizeram: implantaram a televisão a cores; criaram a EMBRATEL, TELEBRÁS, ANGRA I E II; INPS, IAPAS, DATAPREV, LBA, FUNABEM e instituíram o FGTS, PIS, PASEP, MOBRAL e FUNRURAL (o penúltimo tirou parte dos brasileiros do analfabetismo; o último, propiciou aposentadoria ao homem do campo).
As obras, instituições e providências aqui elencadas são exemplo do muito que fizeram os militares, seguidos por boas cabeças do governo passado, privatizando empresas ineficientes, perdulárias e verdadeiros cabides de empregos para sindicalistas e políticos incompetentes e desonestos. Eles, os milicos, como os chamam seus detratores, deixaram o poder com as contas bancárias à míngua, diferentemente do que acontece no Brasil de hoje, onde a corrupção fez morada, a insegurança abunda, a educação reclama por maior importância e a saúde é relegada a interesses menores.
É isso aí, gente!
As eleições estão próximas.
Ainda podemos mudar “tudo isso que está aí”.
Depende de você, eleitor!