À INTELIGÊNCIA
A inteligência é a pertinácia dos sentidos, a perspicácia dos sentimentos e o uso extra-sensorial do pensamento activo. A particularidade da inteligência é o bom senso comum e o emprego frequente das faculdades da razão. O indivíduo inteligente vive em harmonia consigo e com os outros e é de compreensão fácil. A inteligência requer prática no modo frequente com que faz uso de seu conceito, perante os factos subsequentes. A inteligência tem opinião própria e aceita a opinião dos outros, com humildade. Mudar de ideia acerca de uma coisa, que vimos estar errada é sinal de inteligência e de crescimento pessoal.
Nada assume maior proporção para a pessoa inteligente, do que se fazer entender e ao seu raciocínio lógico. A pessoa inteligente é de fácil aceso e deixa que as outras pessoas se aproximem dela, pois não tem por hábito ser egoísta, sabe sempre ao que vai. Inteligência é sinal de grandeza. De conceitos próprios o ser inteligente usa frequentemente de reflexão diária e gosta de se pôr à prova. É uma pessoa notável e requisitada para dar a sua opinião sem se impor nem infundir medo, nos que a procuram. Uma pessoa inteligente tem tanto de felicidade como de preocupação.
Muitas vezes incompreendidas, pelos seus parceiros, nada lhes incomoda mais do que se sentirem alienadas pelos outros. As pessoas que gozam de inteligência são por costume simples e modestas, pois não precisam de se fazer notar. Gostam de um bom debate e de uma boa discussão, donde fazem uso de todas as suas faculdades intelectuais. Repugnam a violência e não entram em conflito por dá cá aquela coisa. Gostam das coisas bem esclarecidas e só se dão por satisfeitas quando se chega a uma possível conclusão plausível. Sim… porque nada é certo e a metamorfose dá-se a todo o instante, mudando por vezes radicalmente os nossos ideais.
A inteligência nasce com o indivíduo mas pode ser modelada consoante se vai progredindo no tempo e no espaço. Só assim se cresce e se faz bom uso do raciocínio. A pessoa inteligente é moderada e não precisa de fazer uso da arrogância para sobressair, perante os demais. Sabem o que são e o que as outras pessoas esperam delas, sem entrarem em grande stress psicológico. A inteligência é uma dádiva, que nem todos sabem tirar proveito tendo por emprego frequente a má formação, que atinge o momento crítico quando a pessoa em causa se põe em dúvida e usa a inteligência com má “fé”.
Ser inteligente é uma responsabilidade e joga com a credibilidade da pessoa. Quanto mais inteligente mais se exige da pessoa, como se esta fosse um caso à parte, obrigando-a a superar-se a si própria, a todo o momento. Faça-se da inteligência um procedimento e um modo de luta, para a sobrevivência e o altruísmo das novas gerações. Inteligência é estudo, desenvolvimento e comprometimento, para com a raça humana. É observar-se e procurar conhecer-se, a cada dia. É analisar atentamente o comportamento dos outros, para encontrar respostas credíveis, à necessidade das pessoas analisadas.
Jorge Humberto
04/08/10