Visita a um acervo cultural
Não sou jornalista, mas gosto de escrever para jornais, porque o jornal atinge um público amplo e diversificado. No período de janeiro de 1990 a janeiro de 2003 escrevi cerca de cem textos entre crônicas e artigos que foram publicados em jornais da capital e do interior de Goiás. Juntando os meus escritos percebi que estava faltando uma publicação, pois na época não havia guardado o exemplar.
Dia desses fui à redação do jornal O Popular com o intuito de adquirir o exemplar. Fui informado que devido ter passado tanto tempo não mais havia o exemplar, e que eu devia dirigir ao IHGG - Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, onde há um acervo cultural muito grande.
No Instituto disseram-me que havia o exemplar, mas que eu não poderia xerocopiar e sim fotografar sem flash para não estragar a amostra, pois o papel do jornal é muito sensível. O Instituto é um lugar bom de visitar; é um ambiente limpo, arejado e esterilizado; há muitas raridades. Mas é recomendado o mínimo de manuseio, pois há muitas peças antigas e em péssimo estado de conservação.
Alguém do Instituto me disse que há um processo de digitação em cd de todo o acervo jornalístico, que é muito caro e trabalhoso, mas que é o único meio de conservação que pode durar centena e até milhares de anos. E quanto aos livros, os mais antigos são sempre reformados; mas seriam necessários que também fossem reeditados ou digitados em cd. Enfim, muitos problemas para serem resolvidos!
A minha pesquisa foi simples, era só encontrar uma publicação e ainda sabia a data. Imagine se eu tivesse de pesquisar ao longo de 13 anos cerca de 4500 jornais para encontrar o meu texto; quanto trabalho eu teria. Ainda bem que sou um pouco cuidadoso em guardar os meus escritos.
Mas hoje com o avanço da informática, há muitos jornais que tem as suas publicações em online na internet assim como todo o seu acervo, o que facilita as consultas. E talvez daqui uns anos nem haja mais jornais impressos e sim todos pela internet; o que é economia de papel e trabalho.
Estou juntando os meus escritos publicados em só documento para doar a União Brasileira de Escritores de Goiás. E como sócio da UBE vou ter todo o apoio para a divulgação de meu trabalho, que incluem poesias sacras e amorosas, crônicas, artigos e pensamentos filosóficos. Na referida publicação de 31-01-1990, eu narrava a minha formatura no curso de Direito e fazia um apelo para o reconhecimento da faculdade de Direito. Alguns anos mais tarde a faculdade foi reconhecida pelo MEC, para a nossa alegria.
(publicada no blog: http://alonso.pimentel, em 10-02-2009)