Não seja ausente
Há exatos quinze dias, não escrevo uma linha sequer. O meu retorno a Brasília, depois de deixar São Paulo, onde residi por mais de nove meses, ocupou parte do tempo antes dedicado à prazerosa atividade literária. Nesses dias, troquei a escrita por diversos afazeres, entre eles os relacionados com a mudança e os preparativos para reocupar minha casa, situada no Lago Norte, em Brasília.
Aqui estou, novamente, na capital federal, celeiro de grandes escândalos, para dar continuidade a minha rotina de aposentado e de escritor eventual, cronista de raras ideias e de pensamentos suportados por leitores benevolentes.
O escritório de minha casa voltou a acolher-me da forma costumeira; livros, computador, fax, escrivaninha, poltronas, CDs e DVDs uniram-se à fotografia de minha esposa, medindo oitenta por sessenta centímetros, para dar-me as boas vindas. Fui aplaudido por imaginária salva de palmas, em apoio ao meu regresso.
Enfim, voltarei a escrever.
Um pouco “enferrujado”, é verdade, e de certa forma preguiçoso, com as ideias emperradas e os assuntos escassos pela ausência de notícias a que me impus. Estou com dificuldades de produzir algo que possa agradar aos leitores e gratificar-me pelo retorno à escrita, da qual não deveria ter-me ausentado.
Escrever sobre acontecimentos políticos?
Parece-me a solução.
Nesse instante de frágil inspiração, qualquer assunto serve ao cronista. Encoraja-me falar sobre os procedimentos do ainda presidente Luiz (Viajando) Lulla da Silva, em suas intermináveis andanças pelo mundo afora e pelo Brasil adentro.
O homem não pára de viajar.
Parece ter uma comichão que não o deixa sentar-se em sua poltrona de trabalho. Às vezes, chego a insinuar que as assinaturas apostas nos despachos que lhes são enviados estão previamente impressas a carimbo.
Ademais, trabalhar nunca foi o seu forte. Como sindicalista, correu mundo expondo suas ideias socialistas e subversivas. Depois de tornar-se presidente da República, coisa que o brasileiro ainda se arrependerá, e muito, de ter sido o responsável por esse acontecimento desastroso, aí é que nada faz. Ocupa o tempo em intermináveis viagens, aplaudido pela propaganda socialista custeada por empresas estatais de alto poder financeiro.
Em sete anos de (des)governo, Lulla já gastou em viagens, Cr$ 584 milhões, enquanto seu antecessor, Fernando Henrique torrou Cr$ 58 milhões, em oito anos, sob severa crítica do Partido dos Trabalhadores, o PT, de vergonhosa lembrança.
Em quarenta meses no poder, Lulla efetuou 102 viagens internacionais, cerca de duas por mês. Internamente, o aerolula ou o Airforce 51 voou duzentas e oitenta e três vezes por este Brasil pobre, que paga altíssima conta por tê-lo como presidente.
Desde a posse, no malfadado 01 de janeiro de 2003, o famoso andarilho esteve trezentos e oitenta e dois dias fora do país. Ausente de Brasília, a capital dos escândalos promovidos por “excelências” de todos os estados brasileiros, elle esteve seiscentos e dois dias sem sentar o traseiro na cadeira presidencial.
Pasme, caro leitor! Lulla, acompanhado da Marisa Letícia, aquela de voz inaudível, em 1.200 dias como presidente esteve 984 dias fora do Palácio do Planalto. Mais de 80% do mandato que lhe foi outorgado por eleitores despolitizados, ausentes, irresponsáveis, interesseiros e manipulados por essa esquerda vermelha, sindicalizada, locupletada por nossos impostos.
É chegada a hora de você, meu leitor eventual e eleitor de experiências nem sempre agradáveis, decidir mudar “tudo isso que está aí”. Seja leal ao seu país. Lembre-se de que a guerrilheira Dilma Roussef, participante de atentados criminosos que ceifaram vidas inocentes, não serve aos propósitos do Brasil, que anseia por uma administração competente, honesta, sem o populismo vergonhoso de agora.
Se nove dedos foram capazes de práticas imorais, imagine dez!
Cuidado, para que o vermelho que aí está não borre as cores verde e amarela de nosso glorioso estandarte.
Não seja ausente!