Então vou confessar...
Tenho muita vontade de escrever como “certas pessoas”. Não sei bem se é inveja, porém não duvido. Tenho dois prazeres: um é de me expor, dar a cara a tapa e me transportar para o papel o que (caso não o fizesse) se transformaria no que chamo de “câncer da alma”.
Meu outro prazer é narcisista e apaixonado: gosto de ser lido! Me sinto ligado a todas as pessoas que me lêem., e gosto de ficar nu. Em casa posso sempre, mas existem o trabalho e as “coisas sociais” do dia a dia. Então venho aqui, falo coisas bonitas, ou feias ou idiotas ou outros ous, e me desnudo sem nenhuma perversão.
Costumo dizer que sou uma fraude. Para os amigos sou forte, para os inimigos mais ainda. A verdade é que sou fraco. Uma espécie de fraco que não pode ser calado. Um fraco que não pode ser “vestido” por convenções sociais.
As vezes escrevo coisas belas (e raras), outras tantas não o são. Mas são partes do que eu sou. Daí a me calarem, daí a me vestirem, a distância é imensurável.
Tenho orgulho da minha nudez. E você? Prefere a roupa da moda?