devo antes dizer que encerrei momentaneamente a abordagem intra-textual (definição da Seilla) sobre o tempo.
momentaneamente, porque faz tempo o tempo todo, e eu estou sempre a escrever...
e vamos à história do verso, necessária não tanto pelo verso, mais pela oportunidade de (re)pensar a relação autoral do leitor com a obra..
em Alcova do Tempo (poema que escrevi durante minhas andanças amazônicas) discorrendo em minha posição neste tempo, vi-me como um romântico anacrônico, um matador de dragões, ou de moinhos, montado em meu cavalo branco rumo à pós-modernidade, porque não deixo de ser um homem de seu (meu) tempo, que deixa de pensar o mundo para estar no mundo, usando tecnologia e teoria para gerar ação, porém não abandona a vanguarda no exercício filosófico de formar o homem do futuro, um homem novo acumulado de todo sentir/pensar/fazer de todas as eras, além do humanismo, além do cientifico, além do existencial.
para construir este homem é necessário se travar uma guerra, com o tempo, com a humanidade. impossível transpor este texto para um poema, “guerreiro cibernético em armadura medieval”. pronto! metafórico, sintético, exato, poético. o verso se inseriu na estrofe e o poema seguiu.
estava eu em porto velho, poema verde nas mãos, mostrei-o há um grupo de novos amigos. leituras rápidas e concisas, alegres e confusas, até alguém exclamar: “que lindo isto! tão anos vinte!”. é isto mesmo meus amigos, aquela figura falava deste mesmo verso. “tão anos vinte”, e fiquei eu a pensar que viagem ela fazia nos tais anos vinte, como construíra esta poente entre o período e o poema, o quê e por quê, e não sei, não atingi seu pensamento, não acompanhei sua metáfora. como leitor experiente, sei que não é de bom tom perguntar a um autor o que quis dizer com um verso, assim me calei, e até hoje ignoro a mensagem do verso, não sei o que houve nos anos vinte. fico eu pensando, ensimesmado, que o verso fala algo sobre romantismo, sobre o cavaleiro do rocinante, sobre um homem e seu tempo, na vanguarda de um novo homem, trava uma batalha... mas não se deixem impressionar por mim, são apenas considerações de um leitor pretensiosamente autoral.
momentaneamente, porque faz tempo o tempo todo, e eu estou sempre a escrever...
e vamos à história do verso, necessária não tanto pelo verso, mais pela oportunidade de (re)pensar a relação autoral do leitor com a obra..
em Alcova do Tempo (poema que escrevi durante minhas andanças amazônicas) discorrendo em minha posição neste tempo, vi-me como um romântico anacrônico, um matador de dragões, ou de moinhos, montado em meu cavalo branco rumo à pós-modernidade, porque não deixo de ser um homem de seu (meu) tempo, que deixa de pensar o mundo para estar no mundo, usando tecnologia e teoria para gerar ação, porém não abandona a vanguarda no exercício filosófico de formar o homem do futuro, um homem novo acumulado de todo sentir/pensar/fazer de todas as eras, além do humanismo, além do cientifico, além do existencial.
para construir este homem é necessário se travar uma guerra, com o tempo, com a humanidade. impossível transpor este texto para um poema, “guerreiro cibernético em armadura medieval”. pronto! metafórico, sintético, exato, poético. o verso se inseriu na estrofe e o poema seguiu.
estava eu em porto velho, poema verde nas mãos, mostrei-o há um grupo de novos amigos. leituras rápidas e concisas, alegres e confusas, até alguém exclamar: “que lindo isto! tão anos vinte!”. é isto mesmo meus amigos, aquela figura falava deste mesmo verso. “tão anos vinte”, e fiquei eu a pensar que viagem ela fazia nos tais anos vinte, como construíra esta poente entre o período e o poema, o quê e por quê, e não sei, não atingi seu pensamento, não acompanhei sua metáfora. como leitor experiente, sei que não é de bom tom perguntar a um autor o que quis dizer com um verso, assim me calei, e até hoje ignoro a mensagem do verso, não sei o que houve nos anos vinte. fico eu pensando, ensimesmado, que o verso fala algo sobre romantismo, sobre o cavaleiro do rocinante, sobre um homem e seu tempo, na vanguarda de um novo homem, trava uma batalha... mas não se deixem impressionar por mim, são apenas considerações de um leitor pretensiosamente autoral.