Judeus e palestinos
No sábado passado Israel iniciou uma ofensiva contra os palestinos que vivem na Faixa de Gaza, com lançamentos de mísseis que já causaram a morte de centenas de pessoas e milhares de feridos. É o ataque mais violento depois de 40 anos. Ou seja, desde 1967 quando houve a guerra dos 06 dias, com milhares de vítimas fatais.
As autoridades de Israel alegam uma retaliação ao grupo islâmico palestino Hamas que tem lançado mísseis em seu território. O Governo de Israel convocou milhares de reservistas e já prepara um ataque por terra, com tanques enfileirados em prontidão.
É uma guerra desproporcional, tendo em vista que Israel é uma grande potência militar e a Faixa de Gaza um minúsculo território com hum milhão de habitantes, que nem exército tem. Os palestinos ocupam ainda a Cisjordânia e lutam para ser reconhecidos como uma nação.
O Governo de Israel construiu um muro na fronteira com a Faixa de Gaza para conter os ataques de homens e mulheres bombas. O grupo islâmico Hamas sempre foi uma ameaça a Israel por incentivar e promover o terrorismo, e desde que assumiu o poder na Faixa de Gaza vem dificultando as negociações de paz.
Judeus e palestinos têm a mesma origem. Mas os palestinos se dizem descendentes de Ismael, filho de Abraão com a serva egípcia de nome Hagar; eram um povo guerreiro denominado de Filisteus segundo a Bíblia; e adotaram o islamismo de Maomé, tornando-se muçulmanos, o que aumentou as desavenças.
Com tantas guerras judeus e palestinos ficaram sem terras, e ainda sendo hostilizados pelos povos árabes. Em 1948, as Nações Unidas criaram o Estado de Israel. O Estado da Palestina, que compreende a Cisjordânia e a Faixa de Gaza é ocupado por palestinos, e ainda não é reconhecido, principalmente por Israel, um vizinho invasor.
Enfim, é histórica a hostilidade entre judeus e palestinos. Dois povos que não se respeitam territorialmente, religiosamente nem politicamente. É uma questão difícil de resolver, pois precisa de muita negociação e diálogo. Mas a ONU precisa resolver de vez esse conflito, e não um cessar fogo temporário. Os Estados Unidos não podem ficar só apoiando Israel, o que faz piorar a situação.
(Publicado no blog: http://alonsopimentel.zip.net, em 01-01-2009)