Mais uma sobre o amor...
Quando no íntimo da solidão, vasculho o mais infinito do íntimo ser.
Escrevo frases poéticas, proféticas na vã tentativa de exorzizar o que inunda meu ser, aí chego ao dilema fatal, apenas você.
Podem pensar os caros leitores, mas quanto pieguismo encalacrado, mas como já cantou Chico, "somente aqueles que nunca amaram", criticam este "pieguismo.
Não há outra forma do ser que ama em se declarar do que esta, a da pieguice!
Então deleito-me nela, mergulho em suas entranhas e vislumbro o êxtase deste sentir.
Amo, pronto, é deste sentimento tão batido, poetizado, romântizado que falo.
Sempre tive três desígnios incutidos em minha alma: povoar este plano com um pouco mais de verde, isto fiz, plantei muitas árvores, depois conhecer o amor em sua sublime essência, demorou, foram exatas quatro décadas, mas chegou.., e finalmente publicar um livro, o que não tardará.
Ao concluir estes desígnios, posso sair por aí, voando, sublimando e singrando os mais variados planos, umbrais, pois tenho a convicção de que meu amor há de vir atrás.
Bem sei o que os tolos dirão, mas danem-se os tolos, torpes, resquícios de humanidade, fustigados pela árdua camuflagem do pouco sentir, danem-se eles!
Quero profanar o sagrado em versos singelos, discretos versos da incôndicional arrevelia "amaralística".
Para que não sabe esta gênese é gerada na mais simples forma, talvez seja por esta simplicidade que muitos rejeitem a mesma.
Amar é deixar o mais simples fluir, desgarrar-se de pequenezas, avarezas da alma, amar isentar-se de si mesmo, abraçar o outro com os braços invisíveis, intocáveis.
Perdoem os que não concordam, mas quando menos esperarem hão de concordar, apenas em um lapso de segundo, um descuido, saberão do que se trata, basta apenas que o amor transpasse sua carapaça intacta, inapta pelas mediocridades cotidianas.
Depois deste captar total, saberão os tolos do que aqui falo!