CRÔNICA LIGEIRA
Logo, logo a noite chega e, então... Acalme-se e veja e escreva ou não faça nada, mas espere! Espere as palavras certas. As palavras exatas. Elas vêm?
Vêm, com certeza vêm! Por isso veja e escreva ou não faça nada, contudo espere! As palavras demoram. As palavras jogam. As palavras, de quando em vez, se escondem, silenciam. Fazem um certo charme!
A crônica é assim. Difícil falar sobre as coisas do dia. Parecem bobagens, mas não são. A expectativa da palavra que caiba no que é comum, no que é corriqueiro apavora! Uma, duas, três, uma frase inteira de cotidiano!
E temos a fila, o aposentado, o assalto, o dia nublado. Outra fila, bilhete, banco, dia apressado. Mais fila, sinal fechado, mercado, trânsito congestionado.
Mas acalme-se... Logo, logo, assim como a crônica, a noite chega e a cabeça se ajeita no travesseiro e o sono com ou sem sonho, corre ligeiro...