A crítica é fácil

Existem pessoas de bom censo, apreciadoras de fatos e coisas interessantes, que se envolvem em discussões proveitosas, criticam, julgam, condenam. Mas o fazem de espírito elevado, sem maldade ou segundas intenções.

Outras, embora excelentes observadoras, têm por costume falar mal das pessoas ou de algo importante ou não; são fofoqueiras, falam por falar, às vezes atropelando a ética e as regras da boa educação. Estas, criticam, julgam e condenam, mas sem prudência e até maldosamente.

Os políticos são críticos por excelência. Se alguém ou algo convém a seus interesses pessoais, os elogios são fartos. Do contrário, “descem a ripa”.

Sem dó nem piedade!

Condenam hoje, para resgastar o faltoso com honras amanhã.

Os que criticam o Governo Fernando Henrique, não elogiam a estabilização da moeda, o Real; o equilíbrio das contas públicas; a promulgação da Lei de Responsabilidade Fiscal; o saneamento do sistema financeiro; o aumento do número de crianças na escola; a redução da mortalidade infantil; a privatização de empresas públicas; a melhoria do sistema de saúde; a expansão das comunicações telefônicas ...

E tudo isso num cenário mundial economicamente desafavorável.

E mais: no governo anterior, a democracia era exercida sem atropelos.

Hoje, pelo que se sabe, existem ferrenhos defensores do cerceamento da liberdade de impensa, instigados pelo líder maior, o bolivariano da Venezuela, e o seu mentor Fidel Castro, conselheiro de muita "gente boa" desse (des)governo que está aí.

Os petistas, autoproclamados defensores da moralidade, acusadores ferrenhos das infindáveis maracutaias que infestavam o país, atestaram a honestidade de grande número de políticos (alguns processados, poucos, porém, condenados) e agora os tem como pessoas honradas, fazendo parte de seu governo.

E que governo!

No tópico precedente, usei a expressão "infestavam" para qualificar o que pensavam os petistas, sobre o governo anterior. O correto, hoje, seria usar o verbo no Presente do Indicativo e não no Pretérito, pois as "maracutais" vicejaram de tal forma que não acenam sequer em dar uma tgrégua ao espoliado povo brasileiro.

Continuarão presente enquanto durar "tudo isto que está aí".

Minha crítica continua:

Os políticos do Distrito Federal apossaram-se da "técnica" do mensalão petista e engataram uma marcha-de-força no seu mensalinho, embora com bons propósitos: adquirir panetones para distribui-los aos pobres das cidades satélites de Brasília.

Criticaram ontem e hoje mergulharam no mesmo mar de lama petista.

Como disse de início, os políticos são "bons críticos", para o bem ou para o mal. Infelizmente, para a última opção.

Teria este signatário exagerado nas suas avaliações?

Ou seriam críticas?

Como disse insigne personagem, “a crítica é fácil; a arte é difícil; mais fácil, ainda, é ser profeta de coisas passadas”. Ou nas palavras de outro pensador: “Ao invés de maldizer a escuridão, acenda uma vela”.