A chegada do Raphael
Crônica para homenagear a chegada do meu primeiro netinho homem.
Chegaste, Rafael. Que bom que vieste! O momento é oportuno e de extrema alegria. Se a tua vinda demorasse mais um pouquinho, terias matado de ansiedade a todos nós.
Teus pais, como de resto a tua parentela, exultam com a tua chegada. Até os amigos de tua família, que conhecerás em breve, estão alegres e felizes.
Deixa-me, como avô, fazer as apresentações: Esta que primeiro viste foi a tua mãe. Os gritos que agrediram os teus jovens tímpanos foram a saudação de boas-vindas a este mundo, do qual te falarei no futuro.
Em segundo lugar, viste a teu pai. A alegria o dominou no instante em que te viu; saudou-te com largo sorriso, expressando o orgulho de ter gerado a ti, o seu primogênito, a sua semente.
Essa baixinha que conheceste em seguida é a tua avó materna; ela cuidará de ti como cuidou de tua mãe e dos teus tios; não te dedicará maiores cuidados; fará exatamente como fez à tua priminha, que te pegará no colo, cobrindo-te de afagos.
Todos da família te saúdam alegremente.
O vô, ah, o vovô Lamércio! Esse terás de agüentar. É um velho ranzinza, que de tudo reclama, em tudo acha mal feito, briguento, não gosta de barulho, principalmente quando está lendo; mas, é boa gente, podes acreditar; amar-te-á tanto quanto à tua avó, a teus tios, à tua mãe, à nora e aos genros.
Não te chamarei de Rafa para não irritar a tua bisavó, que nos contempla do alto dos Céus. Ela nunca gostou de apelidos.
Apresento-te, por último, o Pongo, o Frodo e o Percival. Eles já fazem parte da família. Irás gostar muito deles; porém, tenhas cuidado. São muito espertos, principalmente o papagaio.
Os demais parentes, principalmente teus outros avós, irás conhecê-los em breve. “São gente boa demais da conta!” (como dizem os goianos). Acredite no Vô Lamércio, que embora chato, não mente.