Ser branco ou negro? Eis a questão!
A cada 20 de novembro é comemorada a redenção do negro no Brasil. É o Dia da Consciência Negra. O resgate da raça talvez não acompanhe a força do movimento que propiciou a instituição de tão expressiva data.
A miscigenação das raças trouxe equilíbrio ao nosso relacionamento social, embora haja quem diga – e são muitos – que existe preconceito racial no Brasil. E há. Talvez, não tanto quanto dizem ou querem os defensores dos afro-brasileiros. A discriminação deve ser de pouca monta. Casos isolados não deveriam fazer parte das estatísticas.
A instituição do dia em que se homenageia Zumbi dos Palmares, herói de um povo vilipendiado por gerações passadas, valeu pela oportunidade de lembrar o vitupério da raça. O negro brasileiro sofreu os rigores físicos do trabalho desumano, as humilhações, o castigo penal e a discriminação que somente agora, há pouco tempo, vemos arrefecer.
Zumbi, o líder negro mais importante do Quilombo dos Palmares, foi assassinado em 20 de novembro de 1695. Criado e educado por missionários católicos dos cinco aos quinze anos de idade, retornou aos quilombos para tornar-se porta-voz da raça. Embora contrário à escravidão de seus irmãos de cor, há quem questione seu caráter sob a alegação de que teria seus próprios escravos.
O negro tem, como todos os brasileiros, os seus direitos civis protegidos pela Constituição Federal. Igualam-se, pois, aos brancos. Em certas circunstâncias, supera o ariano em algumas prerrogativas, instituídas por seus irmãos de pele ou por políticos em busca de vantagens eleitoreiras.
As cotas raciais são exemplo dessa insensatez.
Atentam contra os direitos individuais dos brancos.
Ser negro ou índio no Brasil de hoje é vantajoso.
Será que deveria ser instituído o Dia da Consciência Branca?
Na visão dos autores das políticas raciais no Brasil, os arianos têm consciência?
Segundo o Dicionário Houaiss, consciência é o “sentido ou percepção que o ser humano possui do que é normalmente certo ou errado em atos e motivos individuais, funcionando como o juiz que ordena acerca de coisas futuras e que se traduz em sentimentos de alegria, satisfação, de culpa ou remorso, sobre coisas passadas”.
Portanto, o branco tem consciência do certo e do errado?
E sentimentos de culpa e remorso?
A resposta é positiva. A raça ariana não deve ser ré de um passado sombrio, vivido por seus ancestrais em épocas de selvagens procedimentos, decorrentes do atraso, da desinformação, da falta de amor.
Tornou-se moda culpar a elite (como se fosse constituída apenas por brancos) de todas as mazelas do passado: escravidão, racismo, preconceito, privilégios, e muitos outros adjetivos equivalentes.
Não devíamos incentivar o racismo.
Brancos e negros são iguais perante as leis dos homens e de Deus.
Por direito, deveria ser concedido à raça branca o seu Dia. Ou o chique da consciência é ser negra? Muitos negros não concordam com ambas as deferências. Eu também não.
Tenho orgulho de ser branco.
Você deveria orgulhar-se de ser negro.
Não precisamos instituir dias comemorativos às nossas raças; nem às religiões às quais pertencemos; muito menos estabelecer cotas para separar o que já conseguimos integrar até aqui.
O que você acha disso, “meu nego”?
Acho ótimo, “meu branco”!