Não vale a pena
Continuamos a ter uma distribuição de renda injusta, a aceitar passivamente a violência, a manter altos índices de pobreza e desemprego, e o pior, a eleger políticos comprometidos com interesses pessoais, alguns desonestos, corruptos, mal preparados para a função pública, demagogos, aproveitadores da ingenuidade e da indolência desse povo humilde e sofredor.
O país poderia ser mais justo, distribuir melhor a sua riqueza, cuidar de suas crianças com mais atenção, oferecendo-lhes escolas eficientes e saúde de qualidade. O ensino público, com investimentos nas áreas técnicas e de recursos humanos, com pofessores bem remunerados e melhor preparados para a transmissão do saber, seria o veículo a transportar o futuro com mais agilidade.
O cidadão comum, aquele que trabalha para movimentar a economia, conduzindo-a por caminhos palmilhados pela eficiência e pela honestidade, também merece que os olhos do país estejam voltados para ele, fitando-o com respeito, admiração e dignidade; estes três pressupostos seriam obtidos por política administrativa competente e, sobretudo, honesta.
O Brasil melhorou nos últimos quinze anos. Pouco, mas melhorou em muitos aspectos. Todavia, conduzido por políticos inúteis, continua a administrar programas sociais mais eleitoreiros do que reparadoros do sofrimento pátrio.
A criação dos incontáveis "vales", como o Vale Gás, Vale Transporte, Vale Refeição, Seguro-Desemprego, Cesta Básica, Bolsa-Família e um sem-número de outras bolsas e treinamentos fajutos, oneram os cofres públicos e penalizam o contribuinte, atualmente ameaçado de custear novas "bolsas", como o Bolsa-Cultura, o Bolsa-Celular e o Bolsa-Geladeira … Depois, dizem, virá o Bolsa-Veículo, a ser instituído sob a alegação de que os carros antigos poluem excessivamente a atmosfera.
O povo exige dignidade, não favores. O populismo de muitos políticos tem favorecido o surgimento de “benefícios” os mais diversos. São distribuídos remédios, pão, leite, cestas básicas e até refeições e hospedagens a um real, tudo custeado pela administração pública, cujos gestores se beneficiam adquirindo produtos a preços superiores aos de mercado ou cobrando altas comissões.
Bom seria, e melhor estaria o país se, em substituição a procedimentos paliativos e demagógicos, fossem concedidos oportunidades de trabalho e melhores salários. Assim, o trabalhador não estaria submetido à condição de beneficiário de favores que o humilham tanto quanto beneficiam o político.
Em cada período eleitoral o político aparece como quem suavizou o sofrimento do pobre e mitigou-lhe a fome. Não satisfeito, enche-lhe de esperança e rouba-lhe a consciência – o voto.
Os milhões de reais gastos com distribuições demagógicas e eleitoreiras como essas, poderiam ser aplicados em forma de aumento das aposentadorias, dos salários do trabalhador e das oportunidades de emprego, para o povo não se sentir apadrinhado por políticos e induzidos a sufragarem seus nomes como forma de agradecimento.
Se você, leitor, concorda com minha opinião, expressa nesta crônica, envie e-mails aos seus contatos, tratando do assunto. Aos mais radicais, que defendem esse tipo de assistência social, como os apadrinhados pelas hostes "vermelhas", tente convecê-los de que o procedimento assistencial adodato atualmente beneficia mais os políticos do que os necessitados.
Você é uma pessoa inteligente. E honrada. Portanto, Não deve concordar com "tudo isso que está aí".