Reflexão
Estou triste. Decepcionado com os meus concidadãos. Esperava que a recente eleição servisse para por fim à corrupção que assola o Brasil. Não foi o que vi. Por isso, estou triste. Desiludido com o nosso futuro. Esse estado de ânimo é desencorajador. Estou aflito. Preocupam-me o triunfo das nulidades, o progresso da desonra e o crescimento do poder nas mãos dos maus (políticos); temo pelo desânimo dos virtuosos e pelo deboche à honra.
São muitos os que têm vergonha de ser honestos.
Lamento o destino do povo brasileiro. Se não nos tornarmos eleitores conscientes, obstinados defensores da ética em todos os atos do cotidiano, pobre de nós. “Êta nois!”, diria o caboclo inculto que não avaliou bem a força do seu voto. Por isso, elegeu as nulidades, concorreu para disseminar a desonra, aumentar o poder nas mãos dos maus (políticos) e a trazer desânimo aos virtuosos.
Infelizmente, o caboclo inculto e as pessoas humildes da periferia das grandes cidades e dos grotões foram imitados por considerável parcela da intelectualidade, funcionários públicos e, principalmente, pelos aproveitadores que orbitam em torno de um governo populista, envolvido em pesadas acusações de infração à ética.
Caro eleitor brasileiro: aprenda a votar! Não esqueça os princípios morais que devem nortear a nossa vida e a do homem público, em particular. Contemple-o com seu voto, se merecer a sua distinção. Castigue-o, severamente, não o elevando às esferas administrativas que exigem competência e, sobretudo, honestidade.
Reflita!