Você viu. Você vê!

"Partidos disputam os 40 bilhões das estatais”. Essa, a manchete do Jornal Correio Braziliense do dia 04 de dezembro de 2006. Os orçamentos anuais de empresas do porte do Banco do Brasil, Petrobras, Eletronorte, Furnas, Infraero, Itaipu, Caixa Econômica, entre outras, atiçam a cobiça de políticos aliados de Lula no primeiro ano do segundo período de governo.

Como será o novo mandato?

Outros orçamentos menores, porém altamente significativos como os do DNIT, Eletrobrás, DNOCS, Transpetro, e de centenas de órgãos públicos satisfazem os interesses políticos e financeiros de seus administradores, nem sempre competentes. Alguns, até de caráter duvidoso.

O número de funcionários dessas entidades alcança os milhares. O de seus diretores, não tão grande assim, mas nem por isso insignificante, representa soma de invejável expressão.

Esse pessoal trabalha?

Principalmente os dirigentes, nomeados por critérios políticos?

Quantos enriquecem fácil e rapidamente!

É isso que se vê na administração pública. Uma corrida desenfreada de políticos “famintos” por regalias e interessados no aumento de suas riquezas individuais – inclusive por vias desonestas –, buscando-o nos cofres da “viúva”, expressão antiga que, ainda hoje, simboliza o mau uso do dinheiro do povo.

Era de se supor que na esfera federal fossem nomeadas pessoas tecnicamente capazes, bem preparadas para o comando administrativo. Não é isso o que se vê, infelizmente. Ao contrário, dirigentes partidários e políticos acostumados a mamar nas inesgotáveis tetas do governo apresentam correligionários incompetentes e, às vezes, de índole moral duvidosa, para comandar empresas de alta complexidade.

Foi o que se viu no primeiro mandato de Lula.

Sindicalistas de reconhecida incapacidade profissional administraram empresas de grande porte e de elevada significação estratégica. Até enfermeiro foi nomeado para direção de estabelecimento oficial de crédito. O que um enfermeiro (ou churrasqueiro eventual) entende de finanças?

Pode?

No Brasil de analfabetos, de trezentos (seriam mais, hoje?) picaretas, de desonestos, oportunistas e sanguessugas, pode.

Verdade.

Pode.

Os exemplos estão aí.

Aos milhares.