Viajante incasável
Enquanto os escândalos se multiplicam Brasil afora, o presidente da república, Luiz “Viajando” Lula da Silva, passeia pela Europa e pela Ásia. Hoje, especialmente, encontra-se na Índia, milenar e exótico país.
Esta é a segunda visita feita pelo presidente à terra do pacifista Mahatma Ghandi. Ele, possivelmente, reviu o Taj Mahal, uma das Sete Maravilhas do Mundo. Trata-se de suntuoso mausoléu edificado por ordem do Xá Jahan, em memória de sua adorada terceira esposa.
Nessa atual viagem, Lula esteve em Londres, onde assistiu ao jogo do Brasil e Inglaterra, sentado na tribuna de honra. Passou para a história esportiva inglesa por ter participado da inauguração do novo Estádio de Wembley, esplêndido templo construído para a prática do futebol.
Amanhã, estará na Alemanha para tomar parte das reuniões do G-8, os sete países mais ricos do mundo, mais a Rússia. Lula se fará presente apenas como convidado, pois o Brasil está longe de alcançar uma classificação superior.
Não sou versado em políticas externas. O Itamaraty, sim, está preparado para tratar de assuntos comerciais e de política internacional. Seus quadros estão repletos de pessoas do mais alto conhecimento. Formadas pelo Instituto Rio Branco, são capazes de representar o Brasil sem avermelharem os rostos, a não ser quando alguém, por falta de diplomacia, lhes fala sobre a corrupção brasileira, uma chaga aberta para doer bastante. E sempre, se não for combatida como os rigores da Lei, algo que permanece apenas no campo da imaginação das pessoas honradas.
Um chanceler brasileiro poderia tratar de negócios além de nossas fronteiras. O comércio exterior e o relacionamento diplomático com países da comunidade internacional contam com a participação de nossos representantes nas embaixadas e consulados. Daí, a maioria das viagens de Lula poderia ser evitada. O Aerolula, que já voou mais do que a má notícia, estaria com menos milhas em seus vastíssimos planos de vôo, e os cofres públicos mais recheados, sem grandes despesas com diárias de pilotos, pessoal de apoio logístico, seguranças, diárias em hotéis de luxo etc. Bebidas alcoólicas seriam consumidas em menor quantidade, minimizando os males à saúde das pessoas que acompanham o presidente, e a dele próprio, pois é sabido que Sua Excelência gosta muito do “mé”.
O presidente da República de país importante como o nosso, vez ou outra necessita visitar uma nação amiga para estreitar os laços de amizade e tratar de negócios mais importantes.
A maioria das transações comerciais poderia ser resolvida por representante diplomático, radicado nas respectivas embaixadas. O governo chancelaria contratos, convênios e associações de interesses sem grandes despesas. E o melhor, o presidente estaria no Brasil vigiando os seus auxiliares de “mão leve”. Uns são verdadeiramente aloprados, enquanto outros se distinguem pela esperteza.
Como é esperta essa gente!