Predição de Nostradamus
A única semelhança que me possa ser atribuída ao famoso profeta Nostradamus, nascido em 14 de dezembro de 1503, é que também sou portador de um mal inflamatório nas articulações, conhecido por “gota”.
A doença que me aflige com certa periodicidade afetou implacavelmente o insigne astrólogo, médico e matemático, causando-lhe dores insuportáveis. No seu caso, acompanhou-o até o fim dos seus dias, em 2 de julho de 1566. Quanto a mim, suporto-a, aliviado por modernos medicamentos e pela misericórdia Divina.
Michel de Nostradame, conhecido pelo codinome de Nostradamus, nasceu em Saint Rémy de Provence, no sul da França. A partir de 1547, começou a fazer predições, muitas delas confirmadas, como, por exemplo, a morte do rei Henrique II, em 10 de julho de 1559, e o fim da monarquia francesa, em 1792.
Em 1793, durante a Revolução Francesa, soldados contrários à monarquia arrombaram o túmulo do profeta e espalharam seus ossos pelo chão. Sabedores de que ele havia predito o fim da monarquia, recolheram seus restos mortais ao caixão, antes depositado no mausoléu que continha o seguinte epitáfio, escrito por sua viúva:
"Aqui estão os restos mortais do mui ilustre Michel de Nostradame, o único, na opinião de todos os mortais, cuja pena, quase divina, foi digna de escrever os futuros acontecimentos que hão de acontecer no mundo inteiro."
Fragmentos de uma profecia do famoso vidente, constantes de uma de suas Centúrias (coletânea de profecias), cuja autenticidade desconheço, me foram remetidas por e-mail, recentemente.
Diz o texto cibernético:
"Próximo do terceiro milênio, uma besta barbuda descerá triunfante sobre um condado do Hemisfério Sul, espalhando desgraça e miséria... Será reconhecida por não possuir um dos membros superiores completo, trará com ela uma horda que dominará e exterminará as aves bicudas e implantará a barbárie por muitas datas sobre um povo tolo e leviano."
Comentando com certo amigo, experiente analista, profundo conhecedor das mazelas que acometem o Brasil, crítico de mancheia, ouvi dele, o seguinte:
"Bolsa família, mensalão, corrupção desenfreada, ausência do dedinho... Meu Deus! Os quarenta... Não é coincidência! Os tucanos... Que horror! Não tenho dúvidas, amigo, é ele! E aquele povo tolo e leviano somos nós."
Embora respeite bastante esse meu amigo, fiquei meio assim, na dúvida; e você, caro leitor, em sua opinião, é ele? Por favor, ajude-me e a outros brasileiros a esclarecer essa importante profecia de Nostradamus.
Será ele, meu Deus?
Estou com medo.
Não tenho mais esperanças.
Se for ele, como tudo indica, o que será de nós, os justos?
Teremos direito ao Pré-Sal?
Ele retornará em 2016?
Não tenho conseguido dormir com a ideia do retorno da besta, barbuda ou não. Aliás, ela poderá depilar o rosto para enganar novos incautos.