Acabou o mistério...

Acabou o mistério...

Celso Gabriel de Toledo e Silva – Cegatosi

Poeta de Luz – Arquiteto de Almas

Concebida em: 06/outubro/2009 – 22h: 37min

No quintal de minha casa há uma pequena lavandeira. Como não podia deixar de ser há de cimento um tanque, revestido com um material parecido com louça, no interior pequeno balde que recebe os pingos de uma das torneiras, escorrendo lentamente por um pedaço de borracha azul.

Água esta recolhida e que aproveito para molhar as flores do quintal, nunca é desperdiçada, sempre uma utilidade encontro, porém um mistério me perseguia por meses.

Quando ao voltar do trabalho para casa eu abria a porta da cozinha para ir até a lavanderia encontrava o pequeno balde caído, ficava a me perguntar, o que acontecia, como podia ser?

Assim o tempo foi passando e o fato se repetindo, enquanto estava em casa tudo permanecia no seu lugar, contudo ao voltar do trabalho lá estava a cena do crime revelada.

Confesso até que me esqueci por uns dias do que ocorria, no fim eu recolocava o balde no seu lugar e pronto.

Insaciável se mantinha a minha curiosidade, isto me intrigava, mas passava, até que o arteiro da façanha se fez revelar aos meus olhos.

Numa manhã, pouco antes de ir trabalhar, enquanto estava na cozinha ouvi um som vindo da lavanderia, dirigi-me até a porta e lá estava o autor da peripécia tranqüilo, fazendo, diria de momento sua arte.

Derrubava o balde para poder beber d’água que mesmo pouca já se acumulava.

Para minha surpresa era o gato da vizinha, simplesmente vinha saciar sua sede diária antes de ir passear, disto entendi o porquê de tudo o que acontecia, havíamos criado um vínculo de amizade sem perceber, vez ou outra estava a deitar à sombra de algum arbusto do quintal e eu quando o via, ia lhe acariciar, quando não colocava um pouco de ração para ele.

Pus-me a pensar no que ele fazia, saciar sua sede. Vinha dia a dia ao quintal de casa, pela aparente segurança, beber das gotas de água que reservo, d’água ofertada por Deus a minha pessoa, para os animais, por Dádiva para a existência da Terra e que tantas pessoas ignoram.

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CeGaToSí
Enviado por CeGaToSí em 08/10/2009
Reeditado em 07/12/2010
Código do texto: T1855700
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