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Dormir é fundamental para restaurar as energias consumidas durante o período de vigília.

Entretanto, o que deve ser feito quando o sono se ausenta em função de você estar acordado fazendo alguma coisa que também parece exercer a tarefa de repor as ditas energias?

Recorrer a remédios para indução de sono?

Simplesmente ir para a cama e aguardar a presença do sono?

As duas coisas anteriores juntas?

Será que o que estou fazendo neste exato instante, que é jorrar para fora tudo aquilo que estou pensando, não serve para absolutamente nada? De repente, você pára porque parece que acabou o estoque de palavras. Mas, do mesmo modo que pareceu terem ido, elas voltam e com o propósito de quererem dizer alguma coisa bem diferente, que justifique o fato de você estar aqui escrevendo. Você, leitor, observe a presença constante de o verbo parecer em quase todas as linhas. O que será que isto significa? Dúvida? Decerto que sim!

Este presente escrito vai receber agora um título: EXPLOSÃO.

Explosão de quê? Uma mera explosão de palavras que procuram não perder a conexão entre cada idéia que estiver exposta, embora a idéia de explosão represente exatamente o oposto: fragmentação.

É possível redigir sem preocupação de não se fugir do fio da meada? Claro! O fio da meada está em cada linha escrita. Qual será esse desconhecido fio? Pausa para MEDITAR.

A mente, isenta de influências perniciosas e estimulada pelo próprio poder da pausa, volta a voar rapidamente.

Talvez queira voar para qualquer direção, mas o compromisso de escrever coerentemente, para que não advenham comentários desairosos, mantém o famoso fio da meada com sua ponta sempre à vista. O processo de escrever segundo as inspirações que passem pelo cérebro pode parecer desastroso, mas não o é, por certo. Desastres verbais ocorrem com as palavras faladas quando não são precedidas por um pensamento que as oriente. Aquilo que estiver escrito sempre comporta uma análise que permite mudar até o sentido, mas o que for falado, não há jeito, foi falado mesmo! Por essa razão é que é excelente pensar antes de falar e, muito mais ainda, antes de escrever.

Bem, agora o sono começa a criar embaraços para os pensamentos e a explosão poderá, então, gerar palavras fragmentadas, incapazes de, mesmo que sejam reunidas, virem a representar linhas de pensamento.

Então, para não ter de apagar o que foi escrito, só há um caminho a ser percorrido – um percurso através de uma conclusão – que, por sinal, é bastante óbvio: desligar a máquina!