O tráfico de mulheres
O tráfico internacional de mulheres cresce a cada dia e já movimenta no mundo mais de 9 bilhões de dólares, perdendo apenas para o tráfico de drogas e armas. A Organização internacional de Migrações (OIM), em Genebra, Suíça, publicou um relatório em que aponta o Brasil como rota do tráfico de mulheres para a Europa.
Segundo dados da divisão das Nações Unidas que trata de Drogas e Crimes, mais de 700 mil mulheres são levadas de seus países por ano, com o propósito de exploração sexual e trabalho forçado, para países onde se praticam o turismo sexual.
A rede do tráfico de mulheres envolve muito dinheiro e muitas pessoas, como aliciadores, agenciadores, cafetões e donos de prostíbulos (boates). Ficou constatado que, no Brasil, as vítimas desse comércio sexual geralmente são mulheres de 15 a 27 anos de idade, de famílias pobres e de pouca instrução.
Tais mulheres são ludibriadas com propostas de empregos rentáveis. A verdade é que algumas se dão bem, arrumam bons casamentos, ganham muito dinheiro se prostituindo; mas muitas se dão mal, acabam presas em prostíbulos de 5ª categoria, com dívidas a pagar e com passaportes e outros documentos apreendidos e, reduzidas à condição de escravas sexuais.
E o que é pior, muitas mulheres perdem as suas vidas ou acabam dementes pelo uso de álcool e drogas. (O álcool é também uma droga, socialmente aceita). Muitas ainda são violentadas e estupradas. Também são vítimas de doenças sexualmente transmissíveis e da AIDS. Por fim, sem dinheiro, sem assistência médica e sem dignidade ficam à mercê das autoridades para serem repatriadas.