Da Goiaba e Do Goiaba

(13.05.2008)

“Mas eu também sei ser careta

De perto, ninguém é normal

Às vezes, segue em linha reta

A vida, que é "meu bem, meu mal"

No mais, as "ramblas" do planeta

"Orchta de chufa, si us plau"

No mais, as "ramblas" do planeta

"Orchta de chufa, si us...”.

(cawtano veloso)

...Voltando à ‘goiabada’ da semana passada, a analogia original é feita com uma barata no pastel. Contudo, achei por melhor usar o bicho de goiaba, por ser literalmente mais digestível.

Assim, se ao mordermos acharmos apenas sua metade, significa que a outra parte já foi ingerida. Continuando o raciocínio, achar apenas a quarta parte é pior do que achar a metade, e assim vai... O extremo disso é a conclusão de que não achar nada seria o pior dos mundos, pois, teoricamente, estaríamos com tudo no estômago. O que não é a verdade prática.

E assim funciona a mentalidade piegas/idealista. Nunca satisfeita, tenta estragar o que em parte corre certo, apresentando teorias indigestas contra o que, na prática, seria o mais viável. Pior, quer medir tudo por baixo, trazendo suas derrotas pessoais ao âmbito geral, pois não lhe convém a felicidade, o sucesso, o bem cursar geral. Em resumo: tem despeito por ser incompetente.

É a Vitória da Derrota. Para aquelas pessoas que “já nasceram com cara de abortadas”, só interessa trazer todos nós para o mesmo plano e “ter um olho em terra de cego”. É disso que se trata, no fundo, as revoluções sociais. Digo isto porque, dos interesses sociais poucos socialistas se interessam. Sem povo pobre, morre sua razão de viver, seu ganha pão. Dessa forma, não lhes interessa resolver a questão; mas, mantê-la. Usar a boa fé popular.

Isto já foi comprovado historicamente, na queda dos fracassados países comunistas e seus líderes hipócritas. Por que aqui seria diferente, se em todos os lugares foi assim?

É como aquele sujeito que não quer que a namorada estude por medo que a mesma fique mais culta do que ele, conheça outras pessoas, tenha vida própria e seja “ela mesma”. É como na situação da esposa que tem chances de ser bem sucedida profissionalmente e seu marido, que não se garante, teme que a sua independência a leve longe dele.

Insegurança pura! É disso que vive a hipocrisia socialista.

“Faça as coisas de maneira que sua mão direita não saiba o que a esquerda está fazendo”. E os socialistas, com seus gritos de revolução, com sua arrogância de moral questionável, com seus adesivos de Che Guevara falam muito e fazem pouco pelo social. Quem faz mesmo ‘faz’, não fala.

Claro que nem todos são assim. Existem aqueles que lutam pela Educação e sabem que esta é o único caminho à verdadeira Liberdade. Raros, porém.

E o que tudo isto tem a ver com o Caso Isabella, a Goiaba e o Goiaba?

Tem a ver com a incoerência humana: todos sofrem da impunidade, mas quando há uma cobertura maior da mídia, mesmo que seja exagerada, de todos os lados aparecem reclamações.

Da mesma forma, o insatisfeito Goiaba, destrutivo, que vê como resposta para seus fracassos a Conspiração das Elites, sempre tem medo de repensar a verdade e quer achar defeito em tudo que não lhe convém. Até mesmo na Goiaba madura.

Não somente à beira da estrada. Mas, inclusive, na saudável prática de trabalhá-la do pé.

No entanto, o podre não é a Goiaba.

É ele mesmo: o Goiaba.