Que dia?
Antônio, sentado no sofá, observava Cássio, brincando sozinho no tapete da sala. O brinquedo, para a criança, é como se fosse uma ferramenta de trabalho. Ela fica ali concentrada, armando as estratégias do jogo, criando situações e resolvendo impasses. Experiências são desenvolvidas e adquiridas, somando ao seu “currículo” aquelas ricas horas de brincadeira!
Depois de algum tempo, Antônio resolveu quebrar o silêncio:
- Cássio.
Cássio desviou os olhos dos brinquedos e olhou para o pai, na expectativa do assunto.
O Antônio, colocando tristeza na voz, no olhar e na fisionomia, continuou:
- O Papai vai morrer...
A reação que ele esperava do menino era também de tristeza e aquelas palavras consoladoras: - “Não pai, o senhor está novo e forte. Não vai morrer, não!”
Mas esperar ouvir estas palavras de uma criança de cinco anos é querer demais! Cássio arregalou os olhos e disse com cara de espanto e curiosidade:
- Que dia?