Poder?

Escrevo e não leio. Falo e não escuto. Olho e não vejo. Uma mente diferente, de mim, de todos e do resto. Não consigo ver através de seus olhos como na maioria das vezes consigo, deparo com uma parede de concreto, conhecimento é poder, seria isso? Não sei ao certo em que acreditar ou melhor, há muito a ignorar, mas que fosse então esta verdade, a aceitaria, pois vejo todos em uma posição se quer em postura de julgo, não, pessoa vem, vão, apodrecem vivas dentro de suas carcaças cheia de pré conceitos e mesmice, vagas e tediosas, são a massa, sem informação ou conhecimento, sem poder. Mas vamos lá, poder, eu tenho poder, sei do mau e do bem, do encanto, e seu oponente cruel, sei do amor, dos livros, das letras e palavras, e sei... sei que estou só perante de milhões de almas seguindo ao mesmo rumo e eu, parado ali, pior, andando contra, sem saber do bom do churrasco do final de semana, da novela que me prende, do jornal que me mente, das pessoas que se enganam e me enganam também, tudo bem, vou sorrir, trabalho em CLT na segunda-feira, no horário, para o patrão, mais valia isso, do que uma coisa só. sigo e só, não sei deste bom que considerei mau, e fiz cemitério de meus sonhos do amor perfeito, da política honesta, da sinceridade dos homens, do querer crescer e amadurecer, me tornei uma criança em meio a adultos que dizem por dizer, e só escutei como dizia Mato Grosso. Escutei tanto que fiquei louco, sem sentir, sem sentido, repetitivo e inconstante. Possui o poder perante esta perspectiva e cheguei ao topo da duvida, o que é conhecer, saber, entender ou compreender. O simples ou complexo depende do que vemos ou quem nos vê. Assim eu vejo.

Bem, estou aqui, pedras e pedregulhos, martelos e pancadas, torto ou reto, direito ou enjambrado, honesto ou pior que isso, não cheguei, mas aqui estou José. segui até encontrar uma mente diferente da minha em tantas que se quer sabem se igual ou não. acredito então neste poder, de se entorpecer na crença que foi melhor assim, afinal, eu sei, e não percebi, que soube sozinho. E a multidão segue na sua costumeira direção e eu, fico aqui então, na minha costumeira teimosia, se acham que desisti, engano, apenas um desabafo, ainda acredito em encontrar algo diferente por ai, em minhas fotos vejo um universo diferente deste que respiro, agora, basta continuar, daqui em frente talvez eu leia, eu escute, veja, em qual direção, não quero saber, entre todos e tudo, vou ainda por ai, de uma mente em outra, despedaço a minha entre tantas que não quero mais juntar os cacos, apenas ainda busco algo diferente de tudo, que não compreende, para poder sentir que estou então, sem poder algum e mesmo assim me sentir com todo poder do universo.