CONTRASTES - SÃO SEBASTIÃO – SÃO PAULO
 
 

 
                     Ha mais de sessenta anos, sentado em alguma pedra bem alta nas costeiras das orlas do mar de São Sebastião-SP era natural a gente ficar horas e horas contemplando o mar, o céu azul o verde da mata Atlântica ao redor ou da Ilhabela bem em frente com toda exuberância, muitas vezes ver os golfinhos que se divertiam pulando bem alto à nossa frente, como se a nos chamar para com eles brincar, totalmente despreocupados dos ataques de predadores naturais, inclusive dos homens.  
                    Dezenas de anos depois, aqui na grande metrópole chamada São Paulo, nas partes mais altas dos grandes edifícios, ou mesmo de dentro de nossa casa, sentado no sofá de frente para a televisão, lamentavelmente observamos tantas barbaridades e modalidades de crimes, tendo que se contentar de forma impotente sem nada poder fazer a não ser indignar-se e passivamente aceitar. Eis alguns desses crimes:
           [01] Os atos de vandalismos dos malfeitores e pichadores que aleatoriamente vão destruindo, pichando e emporcalhando as paredes, muros, portas, janelas, postes, e todos os tipos de bens públicos e alheios, sem o menor respeito ou constrangimento.
          [02] Os descomunais alagamentos e inundações de ruas, praças e avenidas, resultado das grandes enchentes em dias de chuva forte, destruindo tudo pela cidade, casas, carros, árvores, etc.etc., inclusive causando mortes; isto sem contar o grande congestionamento e atropelamentos de coisas e pessoas. Nas calçadas comuns, nos passeios e nos chamados calçadões os milhares de guarda-chuvas se atropelam igualmente tocando-se uns aos outros de forma intensa, muitas vezes contrariando a regra, isto é, ocupando um mesmo lugar no espaço Ah! Ah! Ah! Ah. Situação essa que em sendo drástica é tragicômica.
          [03] As ações incontidas de trombadinhas e trombadões nas ruas de comércio, feiras, locais de grandes movimentos e concentrações de pessoas, e principalmente nos semáforos.
          [04] Nas chamadas “cracolândias” da vida o consumo de drogas a céu aberto e a olho nu, por crianças, algumas ainda em tão tenra idade, adultos, mendigos, indigentes e moradores de rua em geral, com total passividade das autoridades que muitas vezes fazem vista grossa. Afinal, o tal dos direitos humanos não permite ações enérgicas contra esses drogados.
          [05] Além de tudo isso diariamente enfrentar o caótico trânsito da cidade com quilômetros e quilômetros de congestionamentos, mostrando um mar de latas a brilhar que invariavelmente nos ofuscam os olhos com o reflexo do sol.
                    Por essa razão sou obrigado a concordar em gênero, número e grau com a assertiva frase do inesquecível poeta, compositor e cantor Ataulfo Alves inserida na sua obra imortal intitulada MEUS TEMPOS DE CRIANÇA, quando diz: “EU ERA FELIZ E NÃO SABIA”.