Papai Xinga, Papai Bate...

Saulo, quando tinha pouco mais de um aninho, era levado como ele só! Não tendo o que fazer, percorria a casa, procurando onde bagunçar. Quando eu saía para trabalhar, ele não obedecia à babá e fazia a “festa”. As panelas do armário sofriam nas mãos dele. Tirava todas do armário. Na época não havia panela inox e o fraco alumínio amassava-se todo, quando as panelas eram colocadas de boca para baixo e viravam banquinho para o espoleta de meu caçula.

Um dia, conseguira abrir a gaveta onde estavam suas roupinhas bem dobradas, passadinhas. E todas as peças foram para o chão, enquanto dizia e repetia: “Papai xinga, papai bate...”

Mesmo com todas as travessuras de meus filhos, sinto muitas saudades deles pequeninos, ao meu redor.

fernanda araujo
Enviado por fernanda araujo em 21/05/2006
Reeditado em 16/09/2006
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