eu não sou passada

Curioso foi o jeito como ela se chegou para o meu lado, veio rindo, falando macio, quase inaudível o dizer dela pra mim... que cheguei a pensar wm espichar a orelha.

Não fiz de medo que me mordesse o lóbulo e me arrancasse o brinco... ela fazia isso, disseram...

Disse que amava sempre por amor... nem nunca o fazia por dinheiro.

E eu perguntara nada disso a ela e ela me dizia de um jeito que exigia retorno que eu não sabia, se calada ficasse consentindo ou se sentia ficando comigo mesmo, eu calada.

Calou-me a impressão funda de que era mais que conversinha que ela queria... tentei fugir do tema contando aquela piada da questão de preço, já que havia acordo que por um milhão daria, uma outra não essa, que só queria dar por amor...

E ela riu e gostou, mas não desistiu e me enchi de coragem, o peito arfando e tasquei um beijo na bochecha dela e disse que amor com amor se paga e só essa paga já suficente é, talvez, mais que devida, sem dívida, a mais na vida...

Que vida essa, que loucura, gente, não imaginam...

Eu até fiquei molhadinha... mas acho que foi de me urinar, porque não era ela o meu amor... eu pensei... só pensei.

Foi quando, ai meu deus, meu Jesus cristinho, ela se pôs em mim, de mansinho, as duas mãos espalmadas nas minhas nádegas e eu nada de conseguia mexer...

E nem sei se não estava gostando, só sei que não rebolei, nem pulei fora... fiquei paradinha, quietinha, pra não ser pega por mim de surpresa dos meus instintos... que já tinha bebido um tanto branco, um tanto tinto e levei aquelas mãos para o lugar delas, na minha frente e...

Bem...

Acho que aqui não é o lugar para ficar contando o que demais se passou. Ou será que é e eu não sou passada?

Juli Bauer
Enviado por Juli Bauer em 05/05/2009
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