AMOR, SEXO E SUBJETIVIDADES

Parei para pensar, depois de tempos, ultimamente ando no ciclo, no giro, no troco e do resto que sobra para quem não para e pensa. Mas, como é redundante tudo isso, continue a andar e por um momento parei e pensei, desta vez, como sempre que paro, pensei em amor, e também pensei em sexo, e tudo que varia e prende estas duas palavras uma a outra. Me perguntei porque no circo humano mantemos a necessidade da explicação, da justificativa, do fazer porque tem que ser feito assim. Perdemos, crescemos, nos embecilizamos a uma velocidade espetacular a cada segundo que passa. Pensei então, tudo o que acho do amor, sua sublime simplicidade dentro de tudo o que é complexo, e ainda sim conseguimos inventar modas. No sexo, observei em um filme destes pornôs, o cara chamando a fulana de minha puta, cachorra, vadia, tudo o que faz alusão ao que é ruim dentro de um ponto de vista especifico, e ela, claro, submissa a isso, dentro de um clima quente e de puro tesão. Logo minha mente transportou meus pensamentos imediatamente para o cotidiano, este feitos de homens que não param e pensam, não sentem, apenas copiam o antecessor seja este o que for, e imaginei que em relações ente casais, namorados, paqueras, o que quer que seja, as pessoas tem se distanciado cada vez mais, o sentimento, o tato, o cheiro, o doce silencio da verdade que nem se quer precisa ser provada, tudo ali, nítido e constante, palavra que gosto, latente, e não, não sabemos usar. Jogamos tudo que não precisa ser explicado em fúteis explicações, e logo, nos pegamos chamando a pessoa que amamos de todos aqueles nomes, em nome de um suposto tesão, fazer diferente, ou eu diria, igual a mais baixa estirpe mental. Que seja, o que acho, acho que sacanagem é tudo de bom, gosto, prefiro, e sou adepto ao sexo completo e sem restrições, infinito, dois corpos, um só e assim tudo se pode, mas logo, com amor, a mulher que amar, que for doce, e tiver todos os instintos sexuais que tenho, curiosidade, ardor, desejo e nada de pudor, não, não é uma vadia, me excita por abrir o universo de seus desejos para mim, de gozar descobrindo a alma que se liberta nos segundos intensos de uma transa entre duas pessoas que se amam, logo, me pergunto, precisa justificar a sacanagem com palavras, não, não interpretem que não considero a possibilidade da brincadeira saudável da depreciação de valores já sólidos e construídos entre duas pessoas, mas questiono a copia sem sentido e sentimento que faz o fio do conhecimento e interação entre dois seres, duas almas, entre carnes se conhecerem em legitimo e puro prazer regado a respeito e amor, sem limites, sem abstrações, com foco no sexo sem desprender do motivo legitimo e real, o amor que ocasiona o mais limpo desejo. É isso, podemos chamar de broa ou pirulito, puta ou cachorrão, como podemos falar nos ouvidos o sussurro do hálito quente ofegante que diz tudo, estou no limite e ainda vou alem disso com e por você, ande, venha comigo, pegue a linha do que quero, e costure no que você também quer.